Empresas goianas comemoram LGBTQIA+ em seus quadros de funcionários
Na semana que se comemora o Dia do Orgulho LGBTQIA+, empresas promoveram ações publicitárias para conscientizar a todos da necessidade do respeito incondicional para com as pessoas e as suas orientações sexuais. Um dos exemplos, foi a Burger King, que apresentou uma propaganda de crianças comentando como percebem famílias formadas por pessoas do mesmo sexo. […]
Na semana que se comemora o Dia do Orgulho LGBTQIA+, empresas promoveram ações publicitárias para conscientizar a todos da necessidade do respeito incondicional para com as pessoas e as suas orientações sexuais.
Um dos exemplos, foi a Burger King, que apresentou uma propaganda de crianças comentando como percebem famílias formadas por pessoas do mesmo sexo. O dito “cancelamento” nas redes sociais foi de imediato, porém a iniciativa também conquistou espaço dentre os internautas.
Mas e no mercado de trabalho, no qual até certo tempo pessoas LGBTQIA+ não eram aceitas e como “opção” tinham a prostituição ou outras atividades informais? Em Goiânia, José Francelino Júnior, de 35 anos, conhecido como Fran, trabalha na rede de supermercados Bretas há 11 anos, onde começou como repositor de frios. “Construí uma família no Bretas,” revela.
Natural de Formoso, no interior de Goiás, ele conta que se assumiu homossexual para a família aos 17 anos. E buscou na Capital oportunidade de trabalho. Atualmente, Fran é encerrado do setor de frios e liderada uma equipe de quatro colegas. “Minha a orientação sexual nunca atrapalhou o meu crescimento profissional”, pontua.
A mesma unidade, no Setor Sol Nascente, emprega também a transexual Lorena Brito Naves, de 29 anos. Estudante de enfermagem, que está em processo de transexualização. Consistindo, primeiramente, na retirada do pomo-de-adão e colocar próteses mamárias.
Lorena trabalha na rede de supermercados há quase três anos e revela que sempre foi tratada com muito respeito pelos colegas e também pelos clientes. “Fiquei receosa quando fui chamada para a entrevista de emprego em 2019. O meu medo caiu quando as recrutadoras me questionaram se eu ia conseguir prosseguir meus estudos e trabalhar”, conta.
Para a jovem, a data 28 de julho marca a resistência diária de todos os LGBTQIA+. “Somos a representatividade. É muito importante conscientizar e reforçar a importância do respeito e da promoção da equidade social e profissional de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais e assexuais”.
Orgulho LGBTQIA+
Dia do Orgulho LGBTQIA+ foi criado, inicialmente como Orgulho Gay, e é celebrado em 28 de junho em homenagem a um dos episódios mais marcantes na luta desse público pelos seus direitos: a Rebelião de Stonewall Inn (EUA).
O ano era de 1969, e esta data marcou a revolta contra invasões da polícia de Nova York aos bares que eram frequentados por homossexuais. Eles eram presos e sofriam represálias dessas autoridades.
A partir daquele acontecimento foram organizados vários protestos em favor dos direitos dos homossexuais por várias cidades norte-americanas. O que culminou na primeira parada do Orgulho Gay em 1970.