Quinto nome a oficializar a sua pré-candidatura à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), o advogado Julio Meirelles lançou, na última semana, o “Movimento OAB Para Poucos Nunca Mais”, em oposição à situação que é representada pelos candidatos Rafael Lara, presidente da Escola Superior de Advogados (ESA), e por outros dois pré-candidatos que surgiram dentro do grupo: a conselheira federal Valentina Jungmann, autora do Projeto Paridade Já, e o presidente da Caixa de Assistência aos Advogados (Casag), Rodolfo Otávio.

O postulante esteve no mesmo grupo do advogado Pedro Paulo de Medeiros nas eleições de 2018, quando o então candidato ficou em segundo lugar, com 38,89% dos votos, no entanto decidiu lançar uma pré-candidatura em separado do grupo intitulado Nova Ordem, formado em 2018 pela OAB Forte, OAB Independente e OAB Renovação. Pedro Paulo era o nome desta coalizão naquela eleição. 

“Fiz e trabalhei a minha pré-candidatura e acredito que a oposição está unida [em torno do seu nome]”, comentou Meirelles. Ele acredita que a sua candidatura é “fruto da insatisfação da classe, do abandono da advocacia e de uma OAB usada para beneficiar um pequeno grupo de elite”.

 O lançamento da candidatura foi feito de forma híbrida, na última quinta-feira (1º), com alguns representantes do “Movimento OAB Para Poucos Nunca Mais!”, visando evitar aglomerações. Estiveram presentes os advogados Leon Deniz; Bruno Pena; Jefferson Coutinho, presidente da Subseção de Inhumas; André Raggi, presidente da Subseção de Nerópolis; Daniela Ribeiro, pré-candidata a presidente da Subseção de Senador Canedo; José Carlos Araújo, pré-candidato a presidente da Subseção de Planaltina de Goiás, Wanderson Pinheiro, co-fundador do movimento Agora – Jovem Advocacia; dentre outras autoridades. 

Entre as principais propostas do grupo, estão ações voltadas para a valorização das advogadas; das advogadas e advogados em início de carreira; e da advocacia do interior do Estado. No lançamento da sua pré candidatura, o postulante disse que os advogados dos 246 municípios goianos não tiveram as suas demandas cumpridas pelo grupo vencedor das eleições. “Não colocaram em prática as propostas colocadas na campanha, não mudaram nada, só mudaram a maneira de pensar e de agir, visando os interesses próprios”, comentou. 

Propostas

Entre as propostas do pré-candidato está a profissionalização, por meio da utilização da ESA para consecução de cursos técnicos e práticos de conhecimentos do exercício da advocacia moderna, que vão desde a utilização correta dos mecanismos de prospecção digital até o necessário planejamento financeiro para precificação de honorários. 

Também serão estabelecidos convênios para oferecimento de software jurídico (gratuito ou mediante franquia mais barata que o mercado convencional), permitindo a gestão administrativa, financeira e contábil, para novos advogados. Ele pretende criar o programa Simples da Advocacia, que é uma forma de oferecer linha de crédito vinculada a faixas de faturamento, viabilizando o custeio de taxas de averbação de sociedades, taxas de retirada de inscrição municipal, dentre outras despesas inerentes à formalização do primeiro escritório. 

O postulante aposta nas propostas e na participação de advogados jovens e advogados experientes na sua pré-campanha, que é um sonho antigo do seu grupo. Ele, inclusive, lembra que já abriu mão da sua candidatura em outras ocasiões e que é um “sonho antigo”. “Esse dia de me candidatar chegou. É a força de um pensamento que leva um barco a um novo destino”, anunciou o pré-candidato. (Especial para O Hoje)