Brasil é líder em ranking global de espécies de árvores ameaçadas de extinção
Relatório da BGCI aponta 30% do de espécies sob perigo
Quase um terço das espécies arbóreas do mundo está em extinção e centenas estão à beira da extinção. Conforme um relatório da Botanic Gardens Conservation International (BGCI), publicado nesta quarta-feira, (01/09), o Brasil lidera o ranking global de espécies ameaçadas com 1.788 espécies em risco.
Segundo o relatório, milhares de variedades de árvores em seis dos principais países do mundo para a diversidade de espécies estão em risco, sendo eles a Indonésia, Malásia, China, Colômbia e Venezuela. “Este relatório é um alerta para todos ao redor do mundo de que as árvores precisam de ajuda”, afirmou Paul Smith, Secretário Geral da BGCI.
O relatório “State of the World’s Trees” aponta 17.500 espécies de árvores em risco de extinção, cerca de 30% do total, enquanto 440 espécies têm menos de 50 representantes na natureza. Em geral, o número é o dobro do total de mamíferos, aves, anfíbios e répteis ameaçados em conjunto.
Entre as espécies arbóreas de maior risco estão magnólias e dipterocarpos, comumente encontradas nas florestas tropicais do sudeste asiático. Além disso, os carvalhos, áceres e ébanos também enfrentam ameaças.
As árvores são essenciais no que diz respeito ao ecossistema natural e são consideradas vitais para o combate do aquecimento global e mudanças climáticas. Segundo Paul Smith, a extinção de uma única espécie poderia provocar a perda de muitas outras. “Cada espécie de árvore importa – para os milhões de outras espécies que dependem das árvores, e para as pessoas em todo o mundo”, acrescentou.
A produção agrícola, a exploração madeireira e a pecuária são as três principais ameaças enfrentadas pelas espécies. A BGCI explica ainda que as mudanças climáticas e o clima extremo são ameaças emergentes.
Pelo menos 180 espécies de árvores estão diretamente ameaçadas pela subida dos mares e por condições climáticas severas, especialmente espécies insulares como as magnólias no Caribe. Embora os países mega diversos vejam um maior número de variedades em risco de extinção, as insulares estão proporcionalmente em maior risco.
“Isto é particularmente preocupante porque muitas ilhas têm espécies de árvores que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar”, completou o relatório.