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sábado, 23 de novembro de 2024
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Eleições 2022

Bolsonaro terá palanque em Goiás mesmo sem candidato a governador

Há pelo menos quatro nomes mais fortes que devem ajudar na campanha do presidente no estado, além de “ativistas bem empenhados”

Postado em 7 de setembro de 2021 por Marcelo Mariano
Bolsonaro terá palanque em Goiás mesmo sem candidato a governador
Há pelo menos quatro nomes mais fortes que devem ajudar na campanha do presidente no estado

Ainda é cedo para bater o martelo sobre as chapas das eleições no ano que vem, mas vem ganhando cada vez mais força a discussão sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lançar ou não um candidato próprio em Goiás.

No momento, uma aliança entre Bolsonaro e o atual governador, Ronaldo Caiado (DEM), que buscará a reeleição, parece distante depois de desentendimentos públicos nos últimos dias.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (de saída do MDB), e o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (Patriota) são dois pré-candidatos a governador que mantêm diálogo com setores ligados ao presidente. Porém, não representam verdadeiramente o bolsonarismo.

É pouco provável que sua candidatura se concretize, mas o deputado federal Vitor Hugo (PSL), esse sim um bolsonarista, talvez seja o único possível candidato a governador que anime os eleitores mais fiéis a Bolsonaro.

Um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) esteve recentemente em Goiânia e disse que pode não haver uma candidatura própria em Goiás.

Candidatos a presidente costumam buscar palanques nos estados. Contudo, não precisam ser necessariamente junto a alguém que concorra a governador. O próprio Bolsonaro, em 2018, não teve candidato próprio e foi o mais votado em Goiás com alguma tranquilidade.

É verdade que as últimas eleições presidenciais foram atípicas e não se sabe como serão as de 2022, mas há outros pontos que reforçam o argumento.

Em 2006 e 2010, por exemplo, o PT não teve candidato a governador em Goiás. Mesmo assim, o partido elegeu Lula e Dilma Rousseff nesses anos.

A propósito, apesar de Dilma ter perdido em Goiás para José Serra (PSDB) em 2010, Lula derrotou Geraldo Alckmin (PSDB) no estado em 2006.

Bolsonarismo goiano

Portanto, se Bolsonaro de fato abdicar de lançar um candidato a governador de Goiás, isso não significa que ele não terá palanque no estado.

Muito pelo contrário. Segundo disse uma fonte bolsonarista à reportagem do jornal O Hoje, há pelo menos quatro nomes fortes com condições de liderarem a campanha do presidente em Goiás.

O principal é o deputado federal Vitor Hugo. Também integram a lista Gustavo Gayer (DC), influenciador digital e candidato a prefeito de Goiânia em 2020, a vereadora Gabriela Rodart (DC) e o deputado estadual Paulo Trabalho (PSL).

A fonte afirma que “esses são os que se destacam na mídia, mas há outros ativistas bem empenhados”, ligados, por exemplo, à Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Cooperativa de Transporte de Passageiros Privado de Goiás (CoopGO) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Alguns devem, inclusive, disputar mandato em 2022. Entretanto, é difícil afirmar, até mesmo no caso dos quatro que mais se destacam, a quais cargos vão concorrer.

A tendência é que não disputem vagas majoritárias, e sim proporcionais, ou seja, de deputado federal e deputado estadual.

“Mas está indefinido”, ressalta a fonte. “Estão todos esperando as novas regras eleitorais para decidirem os rumos, inclusive o próprio Vitor Hugo.”

Há, ainda, o deputado federal João Campos (Republicanos), pré-candidato a senador em 2022. Embora não tenha sido citado, o parlamentar é um dos políticos goianos que mais apoiam o presidente.

A única certeza é a de que, mesmo sem candidato próprio a governador, Bolsonaro terá opções de sobra – e relativamente fortes do ponto de vista eleitoral – para dividir palanque em Goiás. Se a estratégia dará certo, é uma outra história.

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