Setor imobiliário tem aumento do ritmo das vendas em Goiânia
Condições de pagamento facilitadas e financiamentos imobiliários com juros menores contribuem para o resultado positivo
A pandemia da Covid-19 trouxe grandes impactos para o setor imobiliário goianiense. Com a crise sanitária, econômica, alta nos custos e falta de insumos, o segmento teve que passar por altos e baixos para se manter aquecido. Apesar das dificuldades, a busca por imóveis maiores motivou o aumento do ritmo das vendas, o que tem surpreendido os empresários de forma positiva e deixado clientes satisfeitos com os investimentos em casas, seja para morar ou para investir.
Segundo a gerente comercial, Priscilla Leão, da Desenrola, plataforma digital de compra, venda, aluguel e administração de imóveis residenciais e comerciais, desde o ano passado houve aumento de 100% da procura por imóveis maiores e, em 2021, tem até fila de espera. “Depois da pandemia as pessoas estão ficando mais em casa com o home office. Por isso, a procura por casas aumentou ainda mais devido à busca por imóveis que tenham mais espaço”, disse.
Com isso, conforme dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), no primeiro semestre de 2021, a quantidade de unidades lançadas disparou mais de 50% em relação ao mesmo período de 2020. Foram disponibilizadas 3.501 propriedades contra as 2.330 lançadas no ano anterior. Em Volume Geral de Vendas (VGV), o aumento chegou a 175%, saltando de R $785 milhões para R $2,156 bilhões, isto é, quase três vezes maior.
O presidente da Ademi-GO, Fernando Coe Razuk, afirma que este cenário é motivado, principalmente, pelo volume de crédito e de financiamento imobiliário, que mais que duplicou em todo o país quando se compara o primeiro semestre de 2021 com o primeiro semestre de 2020. Passou de R $43,35 bilhões para R $97,05 bilhões, crescimento de 123,9%, segundo os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
“Nunca foi tão atraente financiar imóvel. O preço de venda continua com tendência de valorização, seja pelo aumento no custo dos materiais e bens e em função do aquecimento do mercado. Então, o momento para comprar imóveis não poderia ser melhor: condições de pagamento facilitadas e os financiamentos imobiliários estão no menor patamar de juros da história do país e o crédito continua abundante. E quem comprar agora, vai ganhar com a valorização dos imóveis nos próximos meses”, disse.
Entretanto, é preciso ter cuidados ao comprar imóveis. Razuk recomenda sempre procurar uma construtora e/ou incorporadora de credibilidade para que o consumidor não corra riscos de dor de cabeça futura. “Neste momento de alta nos custos, torna-se ainda mais arriscado comprar imóveis de construtoras que vendem obras por administração e não garantem o preço de venda, como é o caso dos ditos modelos de cooperativa”, complementa.
Os goianienses estão buscando imóveis verticais com dois dormitórios, que foram os tipos mais lançados e vendidos no segundo trimestre de 2021. Foram 1.154 unidades lançadas e 1.099 vendidas contra 407 lançadas e 1.040 vendas registradas no primeiro trimestre deste ano. Em segundo lugar estão os apartamentos de três quartos, com 1.064 lançamentos e 899 unidades comercializadas.
Os principais empreendimentos estão sendo lançados nos setores Bueno (1.360), Marista (920), Faiçalville (355) e Parque Veiga Jardim e Setor Oeste, empatados com 346 unidades cada. Os bairros Setor Bueno, que o valor do metro quadrado privativo está R $6.639, e Setor Marista, cobrando R $7.408 por m², são responsáveis por 28,4% do total do estoque do mercado residencial vertical.
Além dos resultados positivos nas vendas, outro reflexo de como o mercado imobiliário vem apresentando um desempenho surpreendente em 2021 está na geração de empregos. No primeiro semestre, a EBM teve um total de 257 contratações para os canteiros de obras, quase o dobro do número no mesmo período de 2020. Destaque também para o crescimento na contratação de mulheres, que duplicou este ano. “Em 2020, havia uma média de 6,17 colaboradores homens por colaboradora mulher contratada. Já esse ano, essa média caiu para 5,04. Estamos diante não só de um momento muito positivo para o mercado, mas também garantindo que diferenciais sejam alcançados”, afirma a coordenadora de comunicação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Lohanne Assis.