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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Fusão DEM-PSL acirra disputa para senador na chapa de Caiado

Criação do novo partido também pode influenciar destino do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira

Postado em 14 de setembro de 2021 por Marcelo Mariano
Fusão DEM-PSL acirra disputa para senador na chapa de Caiado
Criação do novo partido também pode influenciar destino do presidente da Assembleia Legislativa

As executivas nacionais do DEM e do PSL se reunirão no dia 21 de setembro para debater o processo de fusão entre ambos, o que criaria o maior partido de Goiás e um dos maiores do Brasil.

Comenta-se que o número deve ser o 25, que atualmente pertence ao DEM, mas a definição só sairá depois da reunião, assim como o nome do provável novo partido.

Em Goiás, um dos principais desdobramentos da fusão entre DEM e PSL será nas articulações para montagem da chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM), mais especificamente a vaga de senador, uma vez que o ex-deputado federal e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, caminha para ser o candidato a vice.

Disputam a vaga ao Senado os seguintes nomes: Delegado Waldir (PSL), Alexandre Baldy (Progressistas), João Campos (Republicanos), Henrique Meirelles (PSD), Luiz Carlos do Carmo (MDB) e Wilder Morais (PSC).

Com a fusão, discute-se a possibilidade de o novo partido ter duas vagas na chapa governista, sendo uma do próprio Caiado e a outra do deputado federal e presidente do PSL em Goiás, Delegado Waldir.

Em um cenário em que o governo busca várias alianças para reforçar sua campanha à reeleição, ter o seu próprio partido com duas vagas na chapa majoritária pode afastar outras forças políticas.

Por outro lado, em razão da grande estrutura que o novo partido passaria a ter, sua presença em dobro na chapa governista seria justificada.

Nesse sentido, Delegado Waldir, que aparece bem-colocado em pesquisas internas, desponta como o nome mais cotado, no momento, para preencher a vaga de candidato a senador ao lado de Caiado.

Lissauer

Há duas semanas, o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), avançou em suas negociações com Alexandre Baldy, que comanda o Progressistas em Goiás, para se filiar ao partido.

Insatisfeito no PSB, Lissauer, que deve concorrer a deputado federal em 2022, já deixou claro em inúmeras ocasiões uma das condições para escolher seu novo partido: tem que estar na base de Caiado.

Com Lissauer no Progressistas, Baldy havia se fortalecido como candidato a senador na chapa governista. No entanto, a provável fusão entre DEM e PSL embaralhou de novo as cartas do jogo.

Se Baldy não tiver mais espaço com Caiado e se aliar à oposição, a ida do presidente da Assembleia Legislativa para o Progressistas pode ficar mais difícil.

Procurado pelo jornal O Hoje, Baldy disse que a maior parte do Progressistas defende a aliança com Caiado, mas não descartou a possibilidade de concorrer pela oposição.

“Preciso ter a decisão do partido, que não se faz somente na pessoa do presidente, mas de todo o grupo, para poder responder a sua pergunta [se cogita ser candidato ao Senado por uma chapa de oposição]”, afirmou.

Caso o Progressistas não caminhe junto com Caiado e Lissauer não se filie ao partido, o destino do presidente da Assembleia Legislativa pode ser justamente o que surgir da fusão entre DEM e PSL.

Há cerca de um mês, Delegado Waldir fez convite para Lissauer ir para o PSL e o deputado federal revelou à reportagem que conversou com o presidente da Assembleia Legislativa depois de sua aproximação com o Progressistas e do avanço da fusão com o DEM.

“Reforçamos o convite”, declarou o presidente estadual do PSL. “Lissauer tem que ficar atento para ir a um partido que tenha uma boa chapa, e a sigla que surgir da fusão com DEM é a que mais deve eleger deputados federais.”

Segundo Delegado Waldir, Lissauer afirmou que ainda não há definição. “Ele disse que vai pensar em todas as possibilidades e a decisão só deve ocorrer durante a janela partidária [em março de 2022].”

A reportagem tentou contato por telefone com o presidente da Assembleia Legislativa, mas, quando foi perguntado sobre suas negociações com o Progressistas, Lissauer disse que se encontrava “na estrada e a ligação estava ruim”. (Especial para O Hoje)

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