O cantor de brega-funk João Vitor da Silva de Amorim, mais conhecido como MC Pitbull da Firma, foi assassinado no último domingo (24/10), no Cabo de Santo Agostinho, em Recife. No dia seguinte ao assassinato, o caixão do cantor com o corpo dele foi desenterrado e incendiado no cemitério no Centro do município.

Ele costumava postar textos e fotos com informações relacionadas a casos de violência e vídeos de mulheres dançando suas músicas. MC Pitbull da Firma trabalhava em um lava a jato e começou a cantar há cerca de quatro meses, incentivado pelo parceiro musical Everton Alves dos Santos, conhecido como MC Strick.

Mc Pitbull tinha um canal amador no YouTube, onde divulgava algumas músicas. Há cinco dias, a dupla lançou uma música nova, gravada em parceria com os artistas Palok No Beat e DJ JL.

Segundo MC Strick, Pitbull vivia sorrindo e brincando e que o sonho do parceiro foi interrompido. “Ele vivia sorrindo, brincando com todo mundo. Adorava crianças e também adorava ajudar a todos, era muito querido e amado. Vieram esses animais e interromperam não só o sonho dele, mas também o meu”, disse.

Além disso, o parceiro de Pitbull chamou os assassinos de monstros e disse que a situação é bastante triste até para quem não o conhecia. “Ele era uma pessoa humilde, trabalhadora. Era filho único. O sonho dele era também dar oportunidade a outros MCs. Não tive tempo nem de me despedir. Estou sem chão, sem forças nem para me alimentar. Foram no cemitério cometer aquele crime. São uns monstros. É triste até para quem não conhecia ele”, declarou.

No dia do crime, MC Pitbull fez uma publicação no Instagram afirmando que estava sendo acusado de um crime que não teria cometido e que teria sido incriminado pelo assassinato de um rapaz chamado Pedro. Na foto, ele pediu ajuda dos seguidores para divulgar a informação. Entretanto, a Polícia Civil não informou se esse crime teve relação com o assassinato de MC Pitbull.

Em outra postagem, ele denuncia um homem que teria cometido um assassinato e em outra fala sobre um tiroteio que deixou sete pessoas feridas e uma morta, em Gaibu, em agosto e a dupla estava cantando no local quando o crime aconteceu. “Chegou o pessoal pela praia atirando em todo mundo na doida, não sabia em quem atirava […]. Foram para matar MCs lá no Mineiro [um bar]. Guerra de tráfico entre eles. Gaibu contra Gaibu”, disse.

No vídeo, ele ainda afirma não ter nada a ver com o crime e que chegou a socorrer uma criança que ficou ferida durante o tiroteio, a levando para uma viatura da Polícia Militar.