Motorista é morta por airbag da Takata em acidente
Em 2017, a Takata declarou falência após o aumento no número de incidentes relacionados à ativação do produto
Na última terça-feira (1), no Distrito Federal, uma mulher faleceu após a espoleta de um airbag perfurar seu pescoço. De acordo com a Polícia Militar, o veículo da motorista colidiu com um carro estacionado em uma faixa de pedestres próxima ao Terminal Rodoviário da capital, acionando o airbag e causando sua morte no local. Ela dirigia um Toyota Etios.
Os problemas com os airbags fabricados pela japonesa Takata começaram em 2010, mas a detecção das falhas na abertura dos insufladores ocorreu apenas em 2013, levando a novos recalls no ano seguinte. A situação ganhou mais atenção a partir de 2014, quando as falhas passaram a ser associadas a mortes fora do Brasil. Em 2017, a Takata declarou falência após o aumento no número de incidentes relacionados à ativação do produto, em que uma cápsula de nitrato de amônio se rompia, provocando uma explosão semelhante a uma bomba, segundo especialistas.
Esse caso gerou um dos maiores recalls da história, afetando cerca de 100 milhões de veículos em todo o mundo. No Brasil, 5,9 milhões de veículos estão envolvidos. Desses 3,3 milhões já passaram pelo reparo, enquanto 2,6 milhões ainda circulam com airbags defeituosos, conforme levantamento da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
Para Milad Neto, consultor especializado no setor automotivo, as empresas precisam realizar uma comunicação mais ampla e eficaz durante os recalls. Ele também ressalta a importância da ação dos proprietários, que devem procurar as concessionárias para trocar gratuitamente os airbags ao tomarem conhecimento do problema.