Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico José Roberto de Souza, protocolou uma ação popular contra Pablo Marçal, candidato do PRTB. A ação, apresentada na tarde de ontem, alega que Marçal divulgou um laudo falsificado. O documento, que traz a assinatura do falecido médico, afirmava que Guilherme Boulos (PSOL) havia sido internado por uso de cocaína. Assim, Carla e seu advogado, Felipe Torello Teixeira Nogueira, solicitam a inelegibilidade de Marçal.

Na ação, eles pedem urgência na decisão. Isso é essencial, pois o primeiro turno das eleições acontece neste domingo. Apesar do processo, o nome de Marçal continuará nas urnas. Especialistas explicam que essa ação popular está no âmbito cível. Portanto, a Justiça Eleitoral pode ainda avaliar o caso.

Peritos confirmaram a falsidade do laudo. Usando o “método grafotécnico”, eles compararam a assinatura atribuída ao médico com documentos oficiais. As análises mostraram diferenças significativas. Marçal apresentou um laudo que ele fez de forma mais lenta. Além disso, o número do RG de Boulos tinha dois dígitos a mais.

A Polícia Federal também investiga o caso. O diretor-geral, Andrei Rodrigues, informou que a Polícia Federal incluiu a nova representação no inquérito que apura as acusações de Marçal contra outros candidatos. Por fim, Marçal se defendeu, dizendo que apenas compartilhou o prontuário. Ele afirmou: “Quem emitiu que tem que falar.” Boulos, por sua vez, espera que a Justiça tome providências imediatas.