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sábado, 23 de novembro de 2024
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Eletrizante

Vendas de carros elétricos quase triplicam em Goiás; veja vantagens e postos de recarga no Estado

Com os combustíveis fósseis cada vez em alta, os carros elétricos ganham mais estima pelos goianos

Postado em 19 de abril de 2022 por Rodrigo Melo

As vendas de carros eletrificados em Goiás (elétricos e híbridos), quase no primeiro trimestre de 2022, em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram emplacados 407 veículos eletrificados nos três primeiros três meses deste ano, contra 140 no mesmo período de 2021, um aumento de 190%, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos de Veículos Automotores (Fenabrave).

Conforme a federação, as vendas dos modelos eletrificados representaram 2,6% do total de emplacamentos no País no ano passado. Para efeitos de comparação, a Europa fechou 2021 com 19%, a China com 15% e os Estados Unidos com 4% do total.

Nos últimos quatro meses as vendas da Champion, concessionária Volvo em Goiânia, já são 50% de carros eletrificados.

Benefícios

Por ser um combustível não renovável, a tendência é que o preço de derivados do petróleo suba muito quando a oferta diminuir. Esse é um dos pontos que incentivam empresas do setor a investirem nos novos modelos. A possibilidade de produzir energia elétrica, de modo cada vez mais barato, limpo e renovável, é um potencial incrível para diminuir o custo de abastecer um veículo.

Os carros elétricos são eficazes, possuindo um alto nível de durabilidade. Para se ter noção, o motor mecânico, por ser a combustão, naturalmente perde parte da força gerada ao longo do seu sistema. Em um motor elétrico, praticamente toda energia disponível é bem convertida em potência. Por conta disso, pela ausência de combustível no veículo já é um ganho em segurança.

Outro ganho para motoristas e passageiros é a estabilidade do veículo. Com um motor menor que o de combustão, modelos elétricos costumam manter esse sistema todo abaixo do assoalho do carro, diretamente conectado às rodas. Com um centro de gravidade mais centralizado e próximo ao chão, esses veículos dão mais controle e dirigibilidade para quem está no volante. Pelo tamanho do motor, também sobra mais espaço para bagagens.

Meio ambiente

Não emitir poluentes no meio ambiente é uma das maiores contribuições do veículo elétrico. Em comparação ao motor a combustão, o de propulsão elétrica reduz aproximadamente 30% a geração de CO₂. Esses automóveis não liberam fumaça enquanto circulam.

Um estudo publicado em 2020 na revista científica Nature Sustainability mostrou que os carros elétricos emitem menos gases poluentes na maior parte do mundo, mesmo onde a matriz energética ainda não é tão limpa e renovável ainda.

De acordo com o artigo, somente em países que usam em grande quantidade o carvão para gerar eletricidade, caso da Polônia e da África do Sul, as emissões dos carros elétricos chegam a ser maiores do que as de carros movidos a combustíveis fósseis.

Isso significa que os carros elétricos são um bom negócio para o Brasil, país que é conhecido por ter uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, em grande parte por causa do uso das hidrelétricas.

A matriz brasileira também é uma das mais renováveis do mundo com uma proporção de 48%, indicador mais de três vezes superior ao mundial segundo o Departamento de Informações e Estudos Energéticos do Ministério de Minas e Energia (MME).

O único dano para a atmosfera provocado pelo carro elétrico em movimento seria então o atrito dos pneus com o asfalto.

Valores

No Brasil há cerca de 22 modelos de carros elétricos disponíveis para compra. O mais barato do mercado, por exemplo, é um subcompacto, que custa R$ 150 mil, valor suficiente para comprar um sedã médio. Se trata do E-JS1 desenvolvido na China em parceria com a Volkswagen e que tem 300 km de autonomia (distância máxima percorrida com uma carga)

Os tradicionais estão na faixa entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. As opções de luxo que passam dos R$ 400 mil. O mais caro é o Porsche Taycan no valor superior de R$ 1 milhão na versão Turbo S, tendo 477 km de autonomia.

Recarga

Em Goiás, segundo a plataforma PlugShare, que afere a quantidade de carregadores elétricos, existem apenas 18 pontos de carregamento, dos quais 14 em Goiânia, 2 em Abadiânia, 1 em Rio Verde e 1 em Inhumas.

Eles possuem três tipos de recargas e a média é cerca de 45 min carga rápida em um eletroposto, 3h30 Wallbox (uma tecnologia de carregamento que transmite energia elétrica com maior potência disponível que as tomadas domésticas, mas podem ser instaladas em casas) e 10 horas numa tomada convencional de 220V.

O preço do kWh varia de estado para estado. No entanto, de acordo com o ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a média nacional é de R$ 0,56. Sendo assim, o preço do exemplo que demos na tomada de 100V-20 será de R$ 12,32. Para deixar ainda mais claro, a multiplicação é de 22 (kWh) x 0,56 (R$).

Se o mesmo acontecer em uma tomada de 220V-20A, por exemplo, teremos potência máxima de 4.400W. Após dez horas, teremos 44kWh, o que dará uma conta mais elevada, de R$24,64.

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