Mesmo com alta nos imóveis, Goiânia tem quarto m² residencial mais barato entre as capitais
Segundo pesquisa, cidade teve a maior valorização imobiliária entre capitais em 2022 (Foto: Reprodução)
Pesquisa FipeZap aponta que Goiânia tem o quarto metro quadrado mais barato de imóveis residenciais entre as capitais. Segundo o levantamento, o valor era de R$ 5.550, em abril.
Tiveram preços mais baixos: Campo Grande (MS), R$ 4.870; João Pessoa (PB), R$ 5.136; e Salvador (BA), R$ 5.478. Vale citar, o levantamento monitora 50 cidades e 16 capitais brasileiras.
Ainda assim, houve um aumento para quem quer adquirir casa própria. O levantamento verificou que Goiânia teve a maior valorização imobiliária entre as capitais, neste ano – janeiro a abril.
Os imóveis ficaram 8,56% mais caros, alta acima inflação do período, medida pelo IPCA/IBGE: 4,18%. Se considerar os últimos 12 meses, a valorização na capital foi de 20,91%, enquanto a inflação, 12,01%. A média nacional neste ano foi de 2,07%, enquanto nos últimos 12 meses, 6,29%.
De acordo com o especialista na área e sócio-proprietário do Grupo URBS, Ricardo Teixeira, é justamente o baixo preço do metro quadrado que mantém o mercado imobiliário aquecido na capital. Ele explica, contudo, que os incorporadores repassam, aos poucos, os aumentos dos custos da construção (1,57% no mês de abril, segundo o Índice Nacional da Construção Civil).
Este índice acumula 4,03% no ano e 16,25% nos últimos 12 meses. “Eles não estão sendo repassados na totalidade, por uma questão de equilíbrio de mercado.”
Mas a valorização também tem a ver com outras questões, explica Ricardo. Segundo ele, não deve haver queda no momento, pois a cidade possui alta demanda e escassez de imóveis, uma vez que teve crescimento populacional acima da média nacional: 0,74% no País de 2020 para 2021, contra 1,2% em Goiânia.
“Como uma capital jovem, com bom índice de qualidade de vida, uma economia crescente de oportunidades, principalmente, em razão do agronegócio, estamos ganhando relevância em diferentes áreas como a saúde. A cidade tem atraído pacientes de vários estados brasileiros, fortalecendo com isso o turismo hospitalar. Tudo isso movimenta a demanda por imóveis.”
Destaca-se, Goiânia e Aparecida tiveram 46 lançamentos imobiliários em 2019, 53 em 2020 e 66 em 2021, em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Os dados são da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Estado de Goiás (Ademi-GO). Apesar de considerar o número alto, Ricardo diz que o “estoque” é para dez meses. Se não tiver novos lançamentos, os imóveis da cidade acabam.