“Antes da vaga ao Senado, PSD tem que arrumar a casa”, diz delegado Waldir
Pré-candidato ao Senado afirma que o partido tem um problema interno com Vanderlan Cardoso
O deputado federal e pré-candidato ao Senado, delegado Waldir Soares (União Brasil), diz que “antes de vaga ao Senado na chapa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o PSD tem que arrumar a casa”. O parlamentar cita “traição” do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que teve o apoio de Caiado para a prefeitura de Goiânia há dois anos, mas agora apoia a pré-candidatura de major Vitor Hugo (PL), nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Goiás.
“O PSD tem um problema interno. Tem que arrumar a casa antes de pleitear a vaga”, destaca Waldir. O partido, que tem o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) Lissauer Vieira como pré-candidato ao Senado, faz parte da base de Caiado.
Waldir cita que os demais partidos que têm pré-candidato ao Senado estão organizados nesse sentido. O Progressistas (PP) tem seu presidente estadual Alexandre Baldy como nome; o PSC tem o senador Luiz do Carmo; e o União Brasil tem o próprio Waldir e o deputado federal Zacharias Calil como postulantes.
Inclusive, o delegado é um defensor das candidaturas isoladas. “Muito bom quando se tem várias candidaturas.” Vale citar, dois nomes defendem o nome de consenso nesse grupo da base caiadista: Lissauer e Luiz do Carmo. “Acho um grande equívoco”, declara Waldir sobre essa posição. “A democracia pressupõe vários nomes. Não existe divisão, pois cada um tem um número X de eleitores. Vamos atrás dos eleitores, então”, afirma.
Ele aproveita e cita que o ex-governador Marconi Perillo deve ser candidato ao governo – no caso de ser isso que preocupa os demais postulantes. “Mas se vir a Senado, também não tem problema”, reforça o discurso de que as muitas opções fazem parte da democracia.
“A equação não é matemática, é política. Quem decide não é o governador, não são os partidos. É o povo. E não é justo que nenhum partido coloque a faca no pescoço do governador [para que opte por um único nome]. Já teve dificuldade na escolha do vice…”
Já deu a contribuição
Inclusive, para contemplar a base, Waldir afirma que o União Brasil – do qual Caiado é o presidente e ele é vice-presidente – tinha força para fazer seis ou sete deputados federais, mas abriu mão de candidatos para ajudar a montar as chapas dos demais partidos da base. “E é a Câmara Federal que impacta em tempo de TV e rádio, fundo partidário… Nós já demos a nossa cota de sacrifício”, argumenta.
Waldir, vale citar, goza de prestígio na executiva nacional do União Brasil. Quando o presidente do então PSL – agora do União – Luciano Bivar rompeu com Bolsonaro, ele se manteve ao lado do líder da sigla. “Sou extremamente leal. Até por isso sou aclamado pela cúpula como pré-candidato ao Senado”, destaca.
O parlamentar reforça que respeita os demais pré-candidatos e que não é justo atrapalhar o sonho de ninguém. “Se eu fosse escolhido como nome único não ia querer que os outros abrissem mão. E se outro for escolhido, também vou querer abrir mão. Mas sem apoio popular não serei candidato. Contudo, as pesquisas internas me mostram muito bem”, garante.
Por fim, ele afirma que escolher um nome de consenso seria como escolher só 17 nomes para disputar a Câmara Federal [número de vagas daquela Casa] ou só 41 para disputar a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Seria deixar só quem vai ganhar… Quem defende essa tese é porque foge do voto popular”, arremata.