O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) negocia com o Pros para uma composição nas eleições deste ano. A informação foi confirmada pelo próprio presidente da legenda, Marcus Holanda. 

Ao Jornal O Hoje, Holanda afirmou que já ocorreram reuniões na qual o ex-governador demonstrou interesse no apoio do Pros para disputa ao governo de Goiás, mas o martelo ainda não foi batido. “Apenas conversamos, assim como conversamos com os demais pré-candidatos.”

Segundo ele, uma nova reunião com o tucano Marconi Perillo vai acontecer na próxima terça-feira (21). “Devemos definir [a situação] na próxima terça, após nova rodada de conversas”, revelou ao jornal. 

Destaca-se, o Patriota de Gustavo Mendanha também estava de olho no Pros, conforme informações de bastidores. Contudo, nomes ligados ao partido de Holanda dizem que a balança está pendendo mais para o tucano. 

Os caminhos de Marconi

A possível perspectiva de Marconi em ocupar uma vaga para o Senado no grupo do pré-candidato ao governo de Goiás, Gustavo Mendanha foi por água abaixo após o Republicanos fechar aliança com o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e o presidente estadual da sigla, deputado federal João Campos, se lançar como pré-candidato a senador na chapa. 

Com a direita no Estado mais do que representada – major Vitor Hugo (PL) e Ronaldo Caiado (União Brasil), além de Caiado – resta a Marconi o voo solo como candidato moderado – os três da direita são mais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) –, ou em uma aliança com a esquerda. 

De fato, a informação de corredores é que o PT nacional tem muito interesse em angariar o tucano para chapa em Goiás. Até por isso, a legenda goiana já adiou duas vezes seu encontro estadual sob justificativa de consenso na federação e aliados. 

Primeiramente, de 28 de maio para 11 de junho. E depois de 11 de junho para uma data não definida, que será marcada pela direção nacional. A especulação – jamais confirmada pelas vias oficiais do Estado – e que o Partido dos Trabalhadores a nível Brasil articula para ter Marconi na aliança em Goiás para buscar grupos diferentes para o palanque do ex-presidente Lula e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB).

Entre os filiados do PT, porém, essa demora na definição prejudica uma possível pré-candidatura e pré-campanha em Goiás, mas principalmente o desenvolvimento de um palanque para o próprio ex-presidente Lula no Estado.

Esquerdas não querem Marconi

O anúncio do último adiamento do encontro estadual do PT ocorreu no último dia 9. Um dia antes, lideranças de esquerda se reuniram em Goiânia a convite do vereador Mauro Rubem para debater o pleito deste ano. Estavam presentes líderes de movimentos sociais, sindicais e os partidos PT, PSOL, PV e Rede. O encontro aconteceu na Câmara de Goiânia, na sala da presidência.

Na ocasião, eles chegaram a conclusão que não veem o ex-governador Marconi Perillo como representante da chapa Lula-Alckmin (PT-PSB) em Goiás. Vale citar, Perillo estaria em conversas com PT nacional para compor a chapa da federação (PT, PV e PCdoB) em Goiás.

Na ocasião, os presentes defenderam a formação de uma chapa majoritária com os nomes de Wolmir Amado (PT) e Cintia Dias (PSOL) para o governo do estado; e Manu Jacob (PSOL), Denise Carvalho (PCdoB) e Cristiano Cunha (PV) para o senado. A ideia é que um novo encontro ocorra na segunda-feira (13) para debater um programa político que representa a chapa Lula-Alckmin no Estado.