Comércio varejista cresce 0,9% nos últimos dois meses; empresários se dizem otimistas com o cenário da economia
O comércio varejista do país está cada vez mais em alta. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), conjuntamente com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em abril deste ano, o negócio cresceu 0,9% nos últimos meses, alcançando pela quarta vez consecutiva resultados satisfatórios.
O comércio varejista do país está cada vez mais em alta. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), conjuntamente com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano, o negócio cresceu 0,9% nos últimos meses, alcançando pela quarta vez consecutiva resultados satisfatórios.
“São notícias positivas que o empresário leva em conta para formar sua avaliação atual. A taxa de desemprego é a menor desde 2016 e isso faz com que as expectativas do setor melhorem de forma geral, uma vez que o emprego reflete diretamente na intenção de consumo da população. Além disso, o volume de vendas no varejo ampliado cresceu 4,2% frente a abril do ano passado. O crescimento acumulado do ano é 2% e o dos últimos 12 meses é de 2,4%”, explicou o economista-chefe da Fecomércio de Minas Gerais, Guilherme Almeida.
Na média móvel trimestral foi registrado 1,2%, em comparação a abril do ano passado, que acumulou 4,5%. Entretanto, de acordo com o economista, apesar dos valores terem sido positivos, não exclui o fato dos varejistas enfrentarem cenários desafiadores a cada dia. “Eles estão conscientes de que indicadores como os de emprego e renda podem afetar seu volume de vendas nos próximos meses’’, relata.
Sucesso nos números
Quatro das oito atividades pesquisadas tiveram alta, sendo eles: móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%) e outros objetos de uso pessoal e doméstico (0,1%).
Os varejistas relatam que o crescimento está atrelado aos cuidados do cliente em lojas da rede e estar atento às mudanças. O mais importante é se colocar no lugar do cliente e ouvir o que eles têm a dizer sobre o ambiente e atendimento.
“O varejo é um mercado que tudo acontece de maneira muito rápida. É preciso ficar atento a isso pois são esses movimentos dentro do mercado que orientam e movimentam decisões importantes dentro da empresa. Essa é a maneira que conseguimos crescer.”, comenta Ricardo Zonta, vice-presidente do Condor Atacadista.
Era digital
Outro fator importante está presente na evolução dos varejos, é a adição de novos meios tecnológicos para obter-se um crescimento nas vendas e entregas, já que atualmente, as pessoas utilizam as plataformas para fazer pedidos sem sair de casa, economizando o combustível e a flexibilidade.
O estudo realizado pela TOTVS, junto com a H2R Pesquisas Avançadas, aponta que 94% dos varejistas possuem pelo menos um canal de vendas digital, mostrando que os lojistas brasileiros investem no ambiente virtual para garantir melhor proximidade e atendimento, isso atrai os clientes.
“O custo de adoção da tecnologia é muito mais barato do lado do cliente. Sempre vai ter consumidor como força motriz empurrando as mudanças nas empresas. A narrativa que aconteceu na pandemia é que a força continua vindo do consumidor, porém mais intensa. Já faz tempo que o varejo falava do digital. As receitas sempre cresceram bem no digital, chegando a 10%. Em dois anos subiram 50%.”, afirma Elói Assis, diretor de varejo e distribuição da TOTVS.
Investimento
A Fecomércio relata que o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (liec) registrou o maior aumento em maio. A demonstração é que, ao todo, 62,7% são de comerciantes interessados em investimento de negócios, em ressalva, as empresas de maior porte, trazendo investimento para nível 5,3 pontos.
Algo positivo é que 74,3% dos empresários alegam que estão mais felizes, confiantes e otimistas em relação ao cenário econômico, acreditando que as vendas irão melhorar. Diante desse fator, o cenário abre as portas do futuro para contratações e expansão de grandes lucros .