Bolsonaro diz que Brasil não irá aderir sanções contra a Rússia
Declaração foi dada durante passeio em Brasília nesta sexta-feira (22).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta sexta-feira (22/7), que falou ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que não irá aderir a sanções contra Rússia. Na última segunda-feira (18), Zelensky pediu, em telefonema a Bolsonaro, ajuda em sanções contra Rússia.
O presidente afirmou que o Brasil irá se manter em posição de equilíbrio e ressaltou que o presidente ucraniano, na avaliação dele, falou em tom “bastante emocional”.
Bolsonaro lamentou a guerra e comentou que a relação entre o Brasil e a Rússia, liderada por Vladmir Putin, “está 10”.
O presidente aproveitou para indicar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), um dos pontos de origem do conflito, como o órgão correto para solucionar a guerra. “A OTAN é o local adequado para buscar solucionar esse conflito”, disse.
O telefonema da última segunda-feira foi a primeira vez que os dois líderes se falaram desde o começo da guerra. Dias antes do conflito, Bolsonaro esteve com Vladimir Putin em Moscou e teve ao menos um telefonema com o russo. O presidente brasileiro e o Itamaraty já fizeram críticas à estratégia de sanções adotada pelo Ocidente para isolar o Kremlin.
A viagem e o encontro com Putin foram episódios conflituosos na agenda diplomática brasileira, com parceiros como os Estados Unidos criticando-os e agindo para tentar cancelá-los. O governo, porém, tem defendido neutralidade no conflito, entre outros motivos, devido à alta dependência de fertilizantes importados da Rússia.