Tite diz que não visitará Bolsonaro após Copa do Mundo: “Nem ganhando, nem perdendo”
Caso a seleção seja campeã e não vá a Brasília, Tite e a delegação quebrarão uma tradição iniciada em 1958
O técnico Tite escolhe o silêncio e tenta se afastar de ambiente político antes e após a Copa. Por isso, garantiu: não visitará Jair Bolsonaro em Brasília nem na ida, nem na volta da Copa do Mundo do Catar. Eu, particularmente, (não vou a Brasília) nem na ida, nem na volta, nem ganhando e nem perdendo. A mesma resposta que dei há cinco anos. Algumas coisas a gente reformula, reformata, não temos a mesma opinião o tempo todo. Mas essa permanece inalterada”, disse Tite, em entrevista ao SuperEsportes.
O treinador já havia feito o mesmo em 2018, naquela oportunidade com Michel Temer. Desde que asssumiu comando da Seleção em 2016, Tite costuma evitar se posicionar politicamente e costuma “fugir” de perguntas sobre o tema. “Eu vejo a Seleção Brasileira como um patrimônio cultural e esportivo. Eu fui educado através do esporte. Eu coloco uma história, agora, falando para vocês, não para ser herói de alguma coisa, mas tampouco para me dramatizar. Apenas para fazer algumas conexões que a gente acha importante, que na vida das pessoas que estão nos ouvindo elas tenham essa condição de ter também esse processo: eduque através do esporte”, disse, ao ser questionado sobre as questões políticas que envolvem a Seleção.
Caso a seleção seja campeã e não vá a Brasília, Tite e a delegação quebrarão uma tradição iniciada em 1958, quando a Seleção ganhou a Copa do Mundo pela primeira vez e levou a taça conquistada na Suécia ao então presidente João Goulart. A cena se repetiu nas outras quatro vezes em que o Brasil venceu o Mundial.