MP realiza operação contra organização suspeita de desvios em obras de Formosa
Dois ex-secretários foram alvos de oito mandados de busca e apreensão, bem como servidores, empresários e uma ex-pregoeira chefe
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou nesta sexta-feira (2) a operação Pedra de Roseta, em Formosa. A ação visa desarticular e responsabilizar uma organização criminosa que atuou com desvios de recursos em obras da cidade por meio das secretarias de Obras e de Finanças entre os anos de 2017 e 2018.
Dois ex-secretários foram alvos de oito mandados de busca e apreensão, bem como servidores, empresários e uma ex-pregoeira chefe. Destes, sete ocorreram em Formosa e um no Distrito Federal.
Segundo o MP, a empresa que realizava as obras em Formosa pagava de 20% a 25% de propina aos envolvidos. A organização, aponta o órgão, possuía “uma estrutura hierarquizada, divisão definida de tarefas e um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro por meio de compra, reforma e venda de imóveis residenciais e empresarial, além de cabeças de gado, e registros de
propriedade em nome de ‘laranjas'”.
O MP, que também apurou um esquema de fraude entre empresas na realização de pregões para contratação das obras por meio de direcionamento a determinados empresários, estima prejuízo de R$ 15 milhões. As investigações prosseguirão para identificar novos envolvidos.
Destaca-se, as buscas tiveram autorização do Juízo da 1ª Vara de Crime Organizado e Lavagem de Capitais de Goiânia. A ação teve apoio das equipes da Polícia Civil.
Recentemente, o Ministério Público realizou, em Formosa, as Operações Boitatá e Expresso do Oriente. Ambas tem relação com desvio de recursos. Uma do Parque Municipal Salto do Itiquira e outra da rodoviária da cidade.
Nota da prefeitura de Formosa:
“Diante dos fatos revelados pela imprensa até o momento sobre a operação ‘Pedra de Roseta, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) cumpriu 08 (oito) mandados de busca e apreensão, visando desbaratar e responsabilizar uma organização criminosa que “sequestrou” a prefeitura de Formosa entre os anos de 2017 e 2018, instalada nas Secretarias de Obras e de Finanças.
Esclarecemos ainda que os fatos pertinentes a essa operação não se referem a atos praticados por esta Gestão (2021/2024), ressaltamos que todas as denúncias sejam apuradas e os culpados sejam exemplarmente punidos na forma da lei.
Por fim esta Administração reitera o compromisso com a legalidade das práticas administrativas.”
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