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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Eleições 2022

Partidos terão dificuldades para eleger deputados federais e estaduais

As novas regras eleitorais que deram fim às coligações minimizam as chances de partidos menores elegerem algumas de suas lideranças

Postado em 14 de setembro de 2022 por Izadora Resende

Nestas eleições, o que se viu foi o crescimento das candidaturas à Câmara Federal, ao passo que houve um esvaziamento na disputa por vagas nas assembleias. Dentre os possíveis motivos que podem ter levado a esse cenário, tem-se o chamado orçamento secreto – a nível federal – e, por outro lado, as novas regras para coligações que desestimularam o excesso de candidatos disputando vagas nas assembleias. 

Esta será a primeira eleição – estadual e federal –  sem coligações, ou seja, os candidatos “puxadores de voto” não poderão eleger mais nomes além do seu próprio. Isso quer dizer que o candidato que tiver votos para se eleger e quiser dar carona para eleger algum outro candidato da coligação, não poderá, o que dificulta as chances dos partidos menores elegerem candidatos. 

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelaram que estas eleições contaram com a maior quantidade de postulantes a cargos de deputado estadual e federal, senadores, governadores e presidentes, chegando a 29.172, na última segunda-feira (12/09). Informações da Câmara dos Deputados revelaram que o PTB, PP e PL foram os partidos que mais lançaram candidatos federais, somando três vezes mais nomes que na eleição passada. 

Contudo, a mudança das regras do jogo tem causado preocupação a alguns partidos. Nos bastidores falam que o PSD, por exemplo, não conseguiu formar uma chapa robusta para as eleições, e certamente contará com algumas dificuldades para reeleger o candidato a deputado federal Francisco Júnior.

Ismael Alexandrino, ex-secretário de saúde de Goiás, se candidatou a deputado federal pelo partido mas é considerado, por interlocutores, como uma incógnita. Não conseguem fazer qualquer previsão a respeito desta candidatura.  Apesar disso, a sigla dobrou o número de candidatos federais nesta eleição, passando de 208 (em 2018) para 420 (em 2022) .

O Podemos, que na eleição passada lançou 574 candidatos à Câmara Federal, desta vez reduziu o número para 489. Por ter incorporado o PHS, o partido teve que reduzir o número de candidatos, devido às novas regras.  O PDT, embora tenha aumentado a quantidade de candidatos de 308 para 463, em Goiás contou com apenas dez nomes para a Câmara Federal. As maiores probabilidades de vitória estão, conforme informações de bastidores, com a deputada federal Flávia Morais, que disputa a reeleição. Esperam que ela seja reconduzida à Casa e divida a bancada com a então vereadora Dra. Cristina, que também concorre à federal.

Função

De acordo com informações da Agência Senado, cada estado elege um número de deputados proporcional à população. Contudo, nenhuma bancada pode ter menos de 8 ou mais de 70 representantes na Câmara. Dentre as funções dos deputados federais, estão as de sugerir, discutir e votar projetos de lei; a de autorizar a abertura de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e os ministros de Estado; o aval para o impeachment depende do voto de dois terços dos membros da Câmara (342 parlamentares). 

Também é atribuição exclusiva dos deputados realizar a tomada de contas do presidente da República, caso elas não sejam apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa. Os deputados têm ainda a função de eleger dois membros do Conselho da República, órgão superior de consulta do presidente da República e composto por 14 integrantes.

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