Líder do governo Bolsonaro diz que institutos de pesquisa deverão antecipar resultados
Ele afirmou ter sido um “erro grotesco” apontado a possibilidade de vitória do Lula no primeiro turno.
Autor do projeto de lei que pretende obrigar institutos de pesquisas eleitorais a antecipar resultados das urnas em até 15 dias, o líder do governo Jair Bolsonaro (PL) na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou em entrevista à Folha que as empresas do setor têm a obrigação de “acertar” ou devem sair do ramo.
O aliado de Bolsonaro afirmou ter sido um “erro grotesco” institutos terem apontado a possibilidade de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro turno, cenário que não se confirmou por apenas 1,57 ponto percentual. Depois, disse ter sido “um erro menor”.
O documento defende que sejam responsabilizados o estatístico responsável pela pesquisa divulgada, o responsável legal do instituto de pesquisa e o representante legal da empresa contratante da pesquisa.
Além disso, o projeto pretende obrigar os veículos de comunicação que querem divulgar uma pesquisa eleitoral a publicar também todas as pesquisas eleitorais registradas na Justiça Eleitoral. As pesquisas em questão devem ser do mesmo dia ou do dia anterior. Em pronunciamento, Barros afirmou que, de acordo com o mercado, as pesquisas interferem no voto dos eleitores. Disse que, por conta do chamado “voto útil”, há um percentual de eleitores que “não querem perder o voto”.