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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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"Censura"

Carla Zambelli diz que irá à Comissão de Direitos Humanos da OEA após ter redes suspensas

Nos EUA, deputada federal se diz alvo de censura após incentivar atos antidemocráticos

Postado em 5 de novembro de 2022 por Mariana Fernandes

Após ter suas redes sociais bloqueadas por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirma que vai apresentar uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos por censura. Foram suspensas as contas da deputada no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Telegram, TikTok, Gettr, WhatsApp e Linkedin no Brasil. Nos Estados Unidos ainda é possível acessar as redes ligadas à parlamentar, mas não há publicações recentes.

Segundo a ordem, Zambelli usou suas contas em redes sociais para incentivar a recusa dos resultados da eleição presidencial que Jair Bolsonaro (PL) perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atos antidemocráticos com pedidos de golpe militar.

No momento, a deputada federal está nos Estados Unidos e disse em vídeo compartilhado por apoiadores em redes sociais que deve apresentar a denúncia à CIDH, que tem sede na capital americana, Washington, na próxima terça-feira (8).

Segundo a deputada, “não se trata apenas de censurar a deputada mais votada no Brasil”. “Trata-se na verdade de fazer você esquecer que eu existo. E fazer você esquecer da nossa conversa, dos nossos diálogos, desse olho no olho que a gente gosta de fazer, e dessa forma calar você também.”

Ela afirma na mensagem que a suspensão das redes vale até a diplomação do próximo presidente, Lula, e questiona a medida. “Ora bolas, o que eu posso fazer daqui até lá que vai mudar o curso da história? É muito estranho, está tudo muito estranho nessa conversa toda, mas fiquem tranquilos, eu não vou desaparecer, não”, comentou.

Zambelli viajou aos Estados Unidos sem aviso prévio e foi acusada de ter “fugido do Brasil” por opositores. Ela negou que tenha fugido e afirmou que não informou a viagem justamente por estar sem acesso a redes sociais.

No fim de setembro, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos divulgou comunicado pedindo que o governo brasileiro que “ponha o máximo de seus esforços para prevenir e combater qualquer ato de intolerância que possa resultar em violência política”.

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