Venda de artigos da Seleção Brasileira movimenta comércio
A poucas horas da estreia do time brasileiro na Copa do Mundo, cresce a procura pela camisa do Brasil
A camisa da Seleção Brasileira bem como as cores da nossa bandeira do país nunca esteve tão na moda, e devem seguir como uma tendência forte nos próximos dias com a realização de mais uma Copa do Mundo. A Região da 44, em Goiânia, como um dos maiores centros de produção e distribuição de moda popular do país, obviamente, não poderia ficar de fora desse movimento.
O presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Lauro Naves, lembra que o fato de a Copa do Mundo ocorrer numa época de fim de ano acaba sendo um incremento a mais para as vendas. “O final de ano já registra um movimento intenso, que é tradição aqui, mas a realização da Copa neste mês de novembro, acabou sendo um componente a mais para impulsionar as vendas”, avalia.
As vitrines de muitas das mais de 16 mil lojas que fazem parte do polo confeccionista em Goiânia refletem bem essa boa expectativa, e estão repletas de manequins e sugestões de looks que usam e abusam dos tons verde, amarelo, azul e branco. A empresária e lojista Vitória Peixoto, comemora a venda de um grande volume de peças com as temáticas da Seleção Brasileira ou da bandeira do Brasil.
Ela que comercializa para revendedores de várias partes do Brasil, está com uma ótima expectativa de vendas principalmente nessa semana. “Estou com um bom estoque ainda e esperamos vender tudo já que nosso time joga somente na quinta-feira”, destacou.
O vendedor Normando dos Santos, trabalha vendendo roupas infantis, só que neste ano mudou sua banca e o que mais se encontra são artigos e roupas do Brasil. “Estamos vendendo as camisas da Copa do Mundo, para o público infantil e adulto, masculino e feminino. Graças a Deus a saída está boa, todas as cores estão vendendo bem, mas a amarela por ser a tradicional é a mais vendida,” pontua.
As vendas estão indo bem, mas podem melhorar, segundo o vendedor. “Em média a camisa pintada tá de R$25, e a primeira linha tá de R$50, R$70, depende. A da marca da onça tá de R$90,” descreveu. Normando observou que as pessoas estão priorizando mais camisas da Seleção Brasileira do que presentes para o Natal. “Essa data da Copa do Mundo foi diferente das outras, porque antigamente era próximo do São João. E já é típico do torcedor comprar a camisa do Brasil para idolatrar nosso time,” frisou.
Customização de roupas da Seleção
A costureira e feirante, Josefa Faria, está comercializando as camisas da Seleção Brasileira, além de customizar os looks para grande parte do público feminino. Ela disse que a poucos dias pro time estrear nos jogos, muitas clientes têm buscado “abrasileirar” suas vestimentas, tudo para ficar no estilo.
“Muitas mulheres já vêm com as blusas, croppeds ou camisas pra gente colocar um adereço a mais, que é de praxe da brasileira. A maioria delas dizem estar no espírito esportivo sem sair da moda e da elegância. O movimento tá muito bom e deve aumentar ainda mais essa semana por conta do nosso primeiro jogo na copa”, argumentou a comerciante.
A cabeleireira, Pollyana Moreira, escolheu vestir a camisa 10, pois segundo ela é a melhor. E disse que está acreditando que neste ano o Brasil conquistará mais um título. “Estou muito confiante, espero que a gente leve esse hexa. Comprei a camisa 10, do Neymar, porque para mim é a melhor. Comprei a camisa amarela, porque a minha preferência é pelo amarelo, apesar que eu ainda vou comprar a azul e a preta. Achei a camisa linda, perfeita,” concluiu.
Brazilcore
Essa maior procura por roupas que fazem referência as cores da bandeira fez o empresário e lojista Lucas Roberto Silva, desenvolver peças exclusivas para suas lojas na 44. “Apesar de ser um ano de Copa, a maior procura dessas peças com as cores verde, amarelo ou azul já vinha ocorrendo, especialmente por causa do momento político que vivemos. Mas com a Copa, essa tendência deve se estender mais um pouco”, avalia.
O reavivamento da paixão pelos símbolos do nosso país deu origem a um forte movimento de moda, o Brazilcore, como explica a empresária e designer de moda Sabrina Alves. “Essa tendência, que foi adotada inclusive por muitas celebridades, mostra justamente a essência desses símbolos, não só nas cores da bandeira, mas em várias outras coisas que temos aqui no Brasil”, explica.
“E esse movimento do Brazilcore veio até mesmo para tirar um pouco do peso da política e demonstrar que a nossa bandeira, a camisa da Seleção são importantes símbolos nacionais de todos os brasileiros”, afirma a especialista.
Brasileiro tem deixado para a última hora
O torcedor da Seleção Brasileira, Carlos André, disse que está confiante na conquista do Hexa. “Vamos ver se a gente consegue o Hexa. Já estamos no clima da Copa. Este ano optei pela camisa azul, mas o pessoal tem usado muito a tradicional,” exprimiu o cliente que deu um pulinho na loja pra levar pra casa sua camisa da seleção. Carlos está esperançoso e acredita que o Brasil fará bonito.”Acho que o meio de campo junto a Neymar dá pra ir, se Neymar não procurar o brilho só pra ele dá pra ir,” destacou.
Seu Gervasio Costa ainda não comprou sua camisa pra torcer pela Seleção, e ta em busca de produtos bons e baratos. “Desde pequeno acompanho a copa do mundo, e esse ano tá meio estranho por ser próximo das festas de fim de ano. Como nosso timão so joga essa semana, até terça ou quarta eu venho escolher meu manto para reunir com a família e acompanhar os jogos”, conta o aposentado.
“Entendemos que a Copa do Mundo é um evento casual, social, pois envolve festas, bares, baladas e confraternizações. Por isso, estamos preparados para atender a demanda dos clientes que estarão presentes nestes eventos, querem estar na moda e dentro do tema”, explicou Lauro, que tem uma estimativa de movimentar mais de 50 milhões de reais nas vendas de produtos voltados a copa do mundo.
Quem também está postergando a compra do look é a Ingrid Souza. Ela trabalha na região da 44, e mesmo assim não comprou nada para assistir aos jogos bem vestida. “Todo santo dia a gente passa e vê as lojas dos colegas paramentadas e vendendo várias peças, mas a gente mesmo acaba esquecendo de levar uma roupa. Essa semana não tem jeito, ou compra ou assiste os jogos da seleção sem representar com nossa camisa do Brasil”, argumentou a vendedora.