Na reta final, evangélicos cobram Lula por indicação de ministro ao governo
No atual governo Bolsonaro, seis evangélicos presbiterianos e batistas chegaram a ser indicados
O presidente eleito Lula da Silva (PT) tem sido cobrado por lideranças religiosas para indicar um nome evangélico na composição de sua equipe ministerial. O ato seria uma aceno rumo a pacificação entre o governo eleito e grupos evangélicos, aliados natos de Bolsonaro (PL) desde 2019.
O anúncio dos 16 ministros e ministras que faltam para completar o primeiro escalão de Lula deve ser feito ainda nesta quinta-feira (29/12). Segundo fontes ligadas a lideres evangélicos, há pedidos para ocupar Turismo e Pesca. O convite, ou a falta dele, pode influenciar o relacionamento dos setores com o futuro governo.
No atual governo Bolsonaro, seis evangélicos presbiterianos e batistas chegaram a ser indicados em diferentes momentos para o comando de ministério. A lista inclue André Mendonça, que ocupou o Ministério da Justiça e depois foi alçado a uma das onze cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Além dele, também participaram do governo Bolsonaro os evangélicos Onix Lorenzoni, como ministro da Casa Civil; a ex-ministra de Direitos Humanos, Damares Alves; o ex-ministro as Comunicações, Fábio Faria; Milton Ribeiro, na Educação e Carlos Decotelli, também da Educação, mas que não chegou a assumir.
A senadora do Cidadania, Eliziane Gama, tem feito a interlocução de Lula com os movimentos evangélicos. A parlamentar sugeriu que artistas gospéis participassem da festa da posse. Ao menos dois músicos evagélicos, Cleber Lucas e Leonardo Gonçalves, estarão entre as atrações.