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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Eleições

Cenário de virada em Anápolis deve se consolidar

Cidade possui histórico de viradas nas eleições para prefeitura, que deve se consolidar mais uma vez

Postado em 16 de outubro de 2024 por Thiago Borges
Cenário de virada em Anápolis deve se consolidar
O cenário da disputa eleitoral por Anápolis aponta para a consolidação da virada de Márcio Corrêa Foto: Reprodução

A pouco mais de duas semanas do pleito do dia 27 de outubro, quando acontecerá o segundo turno, o cenário da disputa eleitoral por Anápolis aponta para a consolidação da virada de Márcio Corrêa (PL) e uma nova derrota de Antônio Gomide (PT). A disputa que remete a polarização vivida em 2022 entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que apoiam os respectivos candidatos – aponta para um desfecho positivo dos direitistas.

A virada, por si só, já não é novidade para quem acompanha e conhece a política anapolina. Em 1992, Adhemar Santillo, do MDB – na época, ainda PMDB – liderava nas intenções de voto e seu partido tinha o comando da máquina pública, já que o prefeito titular era Anapolino de Faria, peemedebista. No dia das eleições, a virada veio. Wolney Martins de Araújo (PDS) foi eleito, em cenário de virada.

Em tempos recentes, o cenário voltou a acontecer. Nas eleições de 2020, Gomide ficou no vai ou não vai, já que naquele ano sua candidatura não era certa. Perto das convenções partidárias sua candidatura foi confirmada e logo o petista despontou na frente. O principal rival de Gomide naquela eleição seria o atual prefeito Roberto Naves (PP). Gomide desfruta de uma popularidade inegável na cidade, devido ao seu histórico político muito bem avaliado na cidade. O deputado estadual abriu boa vantagem nas pesquisas eleitorais da época, chegando a 20 pontos percentuais de diferença a Naves, mas que foi derretendo aos poucos.

A principal pedra no sapato de Gomide é a onda conservadora que se instaurou no eleitorado anapolino. Em 2020, Naves se recuperou ainda no primeiro turno e chegou perto da reeleição. A disputa foi para o segundo turno e o atual prefeito foi reeleito com pouco mais de 61% dos votos. Gomide, que chegou a ser o favorito nas eleições daquele ano, ficou a mais de 20 pontos percentuais atrás na disputa.

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O cenário da corrida eleitoral anapolina deste ano se desenrola para um desfecho parecido com o vivido na eleição passada. Gomide, novamente, apareceu no topo das pesquisas eleitorais no início da campanha. Com a consolidação das campanhas e Corrêa com apoio do ex-presidente Bolsonaro, que possui forte apelo em Anápolis e conta com um eleitorado fiel às suas escolhas, o candidato do PL foi ganhando força.

Uma vitória no primeiro turno para o petista chegou a ser apontada por pesquisas eleitorais, mas o cenário visto nas urnas do primeiro turno foi diferente. No veredito das urnas apuradas, quem chegou perto da vitória no pleito do último dia 6 foi Corrêa. Com 49,59% dos votos recebidos, o candidato ficou a menos de meio ponto percentual da vitória. Gomide veio na sequência com 35,45% dos votos válidos.
Apoiado também pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB) e, mesmo que o apoio formal do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) não aconteça, ao menos tem a certeza que o chefe do Executivo estadual não irá apoiar a candidatura do rival, visto seu histórico de desavenças com o PT.

As pesquisas para o segundo turno apontam para uma diferença confortável para Márcio. Porém, as viradas nas disputas eleitorais em Anápolis são corriqueiras e estão no histórico das eleições na cidade, e uma nova virada dentro da mesma disputa é a aposta de Gomide e seus apoiadores. (Especial para O Hoje).

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