Haddad diz que arcabouço fiscal terá vida longa
Ministro da Fazenda garantiu que medidas irão manter o novo marco fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (16), que as medidas para rever os gastos serão “suficientes” para a manutenção do novo marco fiscal. Haddad garante que algumas das iniciativas podem exigir mudanças na Constituição, o que implicaria a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
“É uma dinâmica suficiente para garantir vida longa ao arcabouço fiscal. É isso que nós estamos mirando”, disse Haddad à imprensa, em Brasília.
Haddad também comentou que os anúncios sobre as medidas de ajuste serão feitos no momento em que o governo estiver totalmente alinhado. Ele ressaltou que é necessário esperar que todos os detalhes estejam definidos antes de qualquer comunicação oficial. “Ficam cobrando anúncios. Faremos isso quando o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos”, afirmou o ministro.
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, já havia abordado a dinâmica das despesas públicas até 2026, mas, assim como Haddad, não detalhou as medidas que serão adotadas. O governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comprometeu-se a equilibrar as contas públicas em 2024, buscando zerar o déficit fiscal. Para isso, será necessário aumentar a arrecadação e cortar despesas.
No segundo semestre de 2024, a equipe econômica, liderada por Haddad e Tebet, intensificou o discurso de corte de gastos, em resposta à pressão do mercado financeiro. Foram anunciadas várias ações de revisão de benefícios, mas as medidas estruturais ainda não foram implementadas.