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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Relação

Determinados medicamentos podem causar disfunção erétil

A compreensão dos efeitos colaterais dos medicamentos é crucial para que os homens possam discutir com seus médicos possíveis alternativas e soluções para a disfunção erétil

Postado em 18 de outubro de 2024 por Leticia Marielle
Determinados medicamentos podem causar disfunção erétil. | Foto: Reprodução/Canva

A disfunção erétil é definida pela dificuldade em alcançar ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória, afetando, em sua maioria, homens com mais de 40 anos. Embora o envelhecimento seja um fator importante, há uma série de outras causas que podem impactar a potência sexual. Entre elas, destacam-se doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, obesidade, sedentarismo e desequilíbrios hormonais.
Além disso, o uso de certos medicamentos pode contribuir significativamente para a disfunção erétil. Pesquisas mostram que essas medicações não apenas diminuem o desejo, mas também afetam o fluxo sanguíneo e os neurotransmissores envolvidos na ereção. Um relatório especial da Harvard, intitulado “Disfunção Erétil: Como a medicação, mudanças no estilo de vida e outras terapias podem ajudá-lo a superar esse problema irritante”, aponta que cerca de 25% dos casos de disfunção erétil estão associados ao uso de medicamentos.

Quais medicamentos que podem causar disfunção erétil?

A disfunção erétil é um problema que pode afetar a vida sexual de muitos homens, e além das causas orgânicas, diversas classes de medicamentos podem contribuir para esse quadro. A seguir, conheça os principais grupos de medicamentos que podem ter efeitos colaterais negativos sobre a ereção.

Anti-hipertensivos

A hipertensão é conhecida por favorecer o endurecimento e o estreitamento das artérias, o que pode levar à disfunção erétil. Contudo, os medicamentos utilizados para controlar a pressão arterial também podem interferir na potência sexual. Os diuréticos tiazídicos e os betabloqueadores são os principais culpados, pois, ao reduzir a pressão sanguínea, também podem limitar o fluxo de sangue necessário para a ereção.

Antidepressivos e Drogas Psiquiátricas

Medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos podem impactar significativamente a vida sexual masculina. Além de afetar o desejo, essas substâncias podem retardar a ejaculação. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), os inibidores de noradrenalina e os antidepressivos tricíclicos são particularmente conhecidos por interferir na libido, alterando os níveis de hormônios como a serotonina e a testosterona, que desempenham papéis cruciais na função sexual.

Antiandrógenos

Utilizados no tratamento de câncer de próstata, os antiandrógenos inibem a ação de hormônios que são fundamentais para as características masculinas. O uso prolongado dessas medicações pode resultar em ereções incompletas. Embora muitas vezes não seja possível interromper o tratamento, alternativas podem ser discutidas com um médico.

Anti-histamínicos

Medicamentos bloqueadores H2, utilizados para tratar alergias, azia e enjoos, podem também estar na lista de causadores de disfunção erétil. Esses medicamentos atuam bloqueando a histamina, uma substância que ajuda na excitação sexual, permitindo o relaxamento da musculatura lisa do pênis.

O uso constante pode levar à dificuldade na ereção. A compreensão dos efeitos colaterais dos medicamentos é crucial para que os homens possam discutir com seus médicos possíveis alternativas e soluções para a disfunção erétil. É importante não interromper o uso de medicamentos sem orientação médica.

Medicamentos para tratar disfunção erétil

A sildenafila, ativo presente no Viagra, funciona promovendo a dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando a ereção por até seis horas após sua ingestão. Em contrapartida, a tadalafila, genérica do Cialis, pode prolongar esse efeito vasodilatador por até 36 horas. No entanto, como ocorre com qualquer medicação, eles podem ocasionar efeitos colaterais indesejados, como dores de cabeça, palpitações, rubor facial, surdez temporária e alterações visuais. Em situações mais severas, podem até provocar convulsões.

Além disso, pacientes que utilizam nitratos para tratar problemas cardíacos devem evitar esses medicamentos para disfunção erétil, pois a combinação pode resultar em vasodilatação excessiva, aumentando o risco de parada cardíaca.

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