Bebê de 8 meses é retirada de velório após movimentar a mão
A morte da bebê foi declarada pelo hospital por volta das 3h da madrugada de sábado (19), e o velório começou na manhã do mesmo dia
Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), uma bebê de 8 meses foi retirada do próprio velório em Correia Pinto, na Serra catarinense, após mexer a mão, o que gerou dúvidas sobre o diagnóstico inicial. A criança havia sido levada ao hospital com suspeita de virose, e a causa da morte informada aos pais era diferente daquela registrada no atestado de óbito. Diante disso, o MPSC solicitou que as Polícias Civil e Científica investiguem o caso.
A morte da bebê foi declarada pelo hospital por volta das 3h da madrugada de sábado (19), e o velório começou na manhã do mesmo dia. No entanto, por volta das 18h, pessoas presentes perceberam sinais vitais na criança, o que levou o Corpo de Bombeiros Militar a ser acionado por volta das 19h. Segundo os bombeiros, ao chegarem ao local, um farmacêutico já estava monitorando a bebê com um oxímetro infantil, constatando saturação de oxigênio e batimentos cardíacos. O farmacêutico confirmou esses sinais com o uso de um estetoscópio, observando batimentos cardíacos fracos. Além disso, a corporação testou a rigidez das pernas da criança e constatou que elas ainda estavam flexíveis.
Diante dos sinais vitais, a bebê foi encaminhada ao hospital, onde foram realizados novos testes que indicaram saturação de oxigênio em 84% e 71 batimentos cardíacos por minuto. No entanto, um exame de eletrocardiograma posterior não identificou atividade elétrica, e o óbito foi novamente confirmado.
Investigação
O MPSC relatou que o pai da bebê a havia levado ao hospital na quinta-feira (17), onde o médico diagnosticou virose e prescreveu soro e medicação, liberando a criança. Na madrugada de sábado, a bebê voltou a passar mal e foi levada de volta ao hospital, onde o mesmo médico declarou a morte por asfixia causada por vômito. No entanto, o atestado de óbito oficial apontou desidratação e infecção intestinal bacteriana como as causas da morte.
Diante das inconsistências, o MPSC pediu uma investigação detalhada, com especial atenção ao exame cadavérico para determinar o horário e a causa exata do óbito. Também foi solicitada a análise do prontuário médico da criança, além de depoimentos do médico, dos pais, de testemunhas, dos bombeiros e das conselheiras tutelares envolvidas no caso.