Julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz no caso Marielle Franco
Lessa admitiu ser o executor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, enquanto Queiroz dirigia o veículo usado no atentado
Nesta quarta-feira (30), às 9h, começa o júri popular de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinarem Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. O julgamento ocorre no 4º Tribunal do Júri, localizado no centro do Rio de Janeiro (RJ).
Durante essa primeira semana, o Ministério Público Estadual convocou sete testemunhas, incluindo Marinete da Silva, mãe de Marielle; Mônica Benício, viúva da vereadora; Ágatha Reis, viúva de Anderson Gomes; e Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado. Também foram chamados uma perita criminal e dois policiais civis.
A defesa de Lessa solicitou os depoimentos de Guilhermo de Paula Machado Catramby, delegado da Polícia Federal, e Marcelo Pasqualetti, policial federal. Já Queiroz dispensou suas testemunhas. Lessa, atualmente na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo (SP), e Queiroz, preso na Papuda, em Brasília (DF), participarão do julgamento por videoconferência.
Ambos os réus confessaram participação no crime. Lessa admitiu ser o executor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, enquanto Queiroz dirigia o veículo usado no atentado. Lessa ainda afirmou à Polícia Civil que os mandantes do crime foram os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que teriam contado com a conivência do delegado Rivaldo Barbosa, inicialmente responsável pela investigação.
Detidos desde março de 2019, Lessa e Queiroz já passaram por várias unidades prisionais. Em março deste ano, os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa também foram presos, mas nenhum dos três foi convocado para depor no júri.