O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sábado, 23 de novembro de 2024
PublicidadePublicidade
Usina nuclear

Japão reativa reator nuclear próximo a Fukushima

A usina de Onagawa, que utiliza reatores de água fervente (BWR), o mesmo tipo de Fukushima

Postado em 31 de outubro de 2024 por Leticia Marielle
Japão reativa reator nuclear próximo a Fukushima. | Foto: Divulgação

A Tohoku Electric Power reativou na terça-feira (29) o reator nº 2 de 825 megawatts (MW) em sua usina nuclear de Onagawa, localizada no norte do Japão. É a primeira vez que esse reator opera desde o desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em 2011, informou um porta-voz da empresa. A usina de Onagawa, que utiliza reatores de água fervente (BWR), o mesmo tipo de Fukushima, foi a estação nuclear mais próxima do epicentro do terremoto de magnitude 9 que atingiu o país em 2011. Esse é o primeiro reator no leste do Japão a retomar operações desde então.

Com essa reinicialização, o número de reatores nucleares em operação no Japão chega a 13, somando uma capacidade total de 12.433 MW. Em paralelo, a Chugoku Electric Power se prepara para religar o reator nº 2, de 820 MW, na usina de Shimane, no oeste do Japão, até o final do ano. Essas reativações devem reduzir a demanda do país por gás natural liquefeito (GNL) no próximo ano, enquanto o aumento da produção de energia nuclear visa atender à crescente demanda energética dos centros de dados e das usinas de semicondutores, essenciais para o desenvolvimento de aplicações em inteligência artificial (IA).

O governo japonês projeta que, até 2050, a produção de energia alcance entre 1,35 e 1,5 trilhão de quilowatts-hora (kWh), em comparação com o 1 trilhão de kWh projetado para esta década, impulsionada pela instalação de mais centros de dados, fábricas de chips e outros setores intensivos em energia. Para a Tohoku Electric, a reativação de Onagawa exigiu um investimento de 570 bilhões de ienes (cerca de US$ 3,72 bilhões) em melhorias de segurança, necessárias para atender às regulamentações mais rígidas implementadas após o acidente de Fukushima.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também