Defesa de Quesede Ayres pede à Justiça o fim da prisão temporária
Advogados apontam que mensagens de WhatsApp não confirmam envolvimento em crimes
Os advogados de Quesede Ayres Henrique, secretário executivo da Saúde de Goiânia, pediram à Justiça que revogue sua prisão temporária. Eles argumentam que a decisão foi baseada em provas frágeis, como mensagens de WhatsApp, que, segundo eles, não comprovam o envolvimento de Ayres em crimes.
A defesa também afirma que Quesede foi alvo de buscas, apreensões e quebra de sigilo sem ter acesso total ao processo, o que teria violado seu direito à ampla defesa. Além disso, argumenta que ele não representa risco às investigações e que sua prisão foi decretada sem atender aos critérios de necessidade e proporcionalidade exigidos por lei.
Investigação de fraudes na Saúde
Quesede é investigado junto com outros dois servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia: o secretário Wilson Pollara e o diretor financeiro Bruno Vianna Primo. O Ministério Público de Goiás (MPGO) os acusa de participar de um esquema que teria desviado recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos.
Segundo o MP, Ayres seria o braço direito de Pollara e teria pressionado servidores para facilitar decisões ilegais. A defesa nega as acusações e afirma que não há provas concretas contra ele.
Decisão ainda está pendente
A Justiça ainda não decidiu sobre o pedido de relaxamento da prisão. Antes disso, Quesede e os outros investigados tentaram obter habeas corpus, mas tiveram o pedido negado.
A defesa argumenta que a prisão temporária, prevista em casos excepcionais, não se aplica ao caso porque não é indispensável para as investigações nem há indícios de que Ayres comprometa o andamento do processo.