Corpo de homem-bomba é liberado para cremação em Goiás
Francisco morreu devido a um traumatismo cranioencefálico
O corpo de Francisco Wanderley Luiz, identificado como o homem-bomba que realizou um ataque em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de novembro, foi liberado pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 5 de dezembro. Após passar por perícia, o corpo foi encaminhado para o cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás, região do Entorno do Distrito Federal.
No local, ocorreu uma cerimônia breve de cremação. As cinzas devem ser entregues à família nos próximos dias, conforme informado pelas autoridades funerárias.
Perícia sobre o homem-bomba
Segundo o laudo da Polícia Federal, Francisco morreu devido a um traumatismo cranioencefálico causado pela explosão. Ele teria posicionado um artefato explosivo em contato direto com a cabeça enquanto estava deitado. Exames de tomografia apontaram uma lesão severa no polo encefálico, confirmando o impacto fatal.
Além do traumatismo, foram registradas queimaduras na face. O corpo ficou desfigurado, o que dificultou sua identificação inicial.
De acordo com as investigações, Francisco, o homem-bomba, que usava o codinome Tiü França, utilizou explosivos improvisados no ataque. Os artefatos foram montados com materiais similares aos encontrados em fogos de artifício.
O ataque teve início no estacionamento próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados, onde Francisco detonou um carro. Em seguida, ele lançou bombas em direção ao prédio do STF. A última ação foi realizada na entrada principal da Corte, onde ele detonou um explosivo diretamente contra si.
Informações preliminares indicam que Francisco tinha como objetivo destruir a estátua da Justiça, localizada em frente ao STF, e invadir o plenário da Corte. Ele também planejava atacar ministros, com um foco especial no ministro Alexandre de Moraes.
Apreensão de explosivos
Após a explosão que resultou na morte de Francisco, agentes de segurança identificaram outros explosivos no local. Três dispositivos estavam presos ao cinto usado pelo homem-bomba. Um quarto artefato, um extintor de incêndio adaptado com gasolina, foi encontrado a poucos metros de onde ele morreu.
O pino detonador do extintor estava dentro da mochila que Francisco carregava. Por causa do risco representado pelos dispositivos, o corpo permaneceu no local durante toda a noite, até que a equipe especializada concluiu a operação de desativação dos explosivos.