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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
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STF

Corpo de homem-bomba é liberado para cremação em Goiás

Francisco morreu devido a um traumatismo cranioencefálico

Postado em 5 de dezembro de 2024 por Otavio Augusto
Homem-bomba do STF. Foto: Divulgação

O corpo de Francisco Wanderley Luiz, identificado como o homem-bomba que realizou um ataque em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de novembro, foi liberado pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 5 de dezembro. Após passar por perícia, o corpo foi encaminhado para o cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás, região do Entorno do Distrito Federal.

No local, ocorreu uma cerimônia breve de cremação. As cinzas devem ser entregues à família nos próximos dias, conforme informado pelas autoridades funerárias.

Perícia sobre o homem-bomba

Segundo o laudo da Polícia Federal, Francisco morreu devido a um traumatismo cranioencefálico causado pela explosão. Ele teria posicionado um artefato explosivo em contato direto com a cabeça enquanto estava deitado. Exames de tomografia apontaram uma lesão severa no polo encefálico, confirmando o impacto fatal.

Além do traumatismo, foram registradas queimaduras na face. O corpo ficou desfigurado, o que dificultou sua identificação inicial.

De acordo com as investigações, Francisco, o homem-bomba, que usava o codinome Tiü França, utilizou explosivos improvisados no ataque. Os artefatos foram montados com materiais similares aos encontrados em fogos de artifício.

O ataque teve início no estacionamento próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados, onde Francisco detonou um carro. Em seguida, ele lançou bombas em direção ao prédio do STF. A última ação foi realizada na entrada principal da Corte, onde ele detonou um explosivo diretamente contra si.

Informações preliminares indicam que Francisco tinha como objetivo destruir a estátua da Justiça, localizada em frente ao STF, e invadir o plenário da Corte. Ele também planejava atacar ministros, com um foco especial no ministro Alexandre de Moraes.

Apreensão de explosivos

Após a explosão que resultou na morte de Francisco, agentes de segurança identificaram outros explosivos no local. Três dispositivos estavam presos ao cinto usado pelo homem-bomba. Um quarto artefato, um extintor de incêndio adaptado com gasolina, foi encontrado a poucos metros de onde ele morreu.

O pino detonador do extintor estava dentro da mochila que Francisco carregava. Por causa do risco representado pelos dispositivos, o corpo permaneceu no local durante toda a noite, até que a equipe especializada concluiu a operação de desativação dos explosivos.

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