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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
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Pacote de gastos

Governo corre contra o tempo para aprovar medidas fiscais ainda em 2024

Executivo acelera as negociações para aprovar o pacote de cortes de gastos antes do recesso parlamentar

Postado em 16 de dezembro de 2024 por Davih Lacerda
governo
Plenário da Câmara dos Deputados | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Enquanto Lula se concentra na recuperação, seu governo acelera as negociações para aprovar o pacote de cortes de gastos antes do recesso parlamentar, que começa em 20 de dezembro. A medida é considerada essencial para cumprir as metas do novo arcabouço fiscal, especialmente o déficit primário zero em 2024.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), demonstrou otimismo com a tramitação das medidas no Congresso. “Um tema como esse nos impõe responsabilidade e agilidade. Acredito que é possível aprovar o pacote tanto na Câmara quanto no Senado antes do recesso”, afirmou.

Lira questiona apoio

No entanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), alertou sobre a resistência de parte dos parlamentares em relação ao conteúdo dos projetos. Temas sensíveis, como mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o reajuste do salário mínimo, geram debates intensos.

Além disso, Lira destacou a insatisfação de setores do Congresso com o governo, o que tem dificultado o avanço das pautas prioritárias. Para contornar a situação, o Planalto liberou R$ 6,4 bilhões em emendas parlamentares, buscando conquistar apoio para as votações.

A medida foi acompanhada de críticas sobre o impacto nas contas públicas, mas é vista como um esforço necessário para destravar as negociações.

Leia também: Mourão admite discussões sobre golpe, mas classifica tentativa como “bem tabajara”

Alckmin confiante

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também reforçou a confiança no desfecho favorável para o pacote fiscal. “Essas medidas são fundamentais para garantir o equilíbrio das contas públicas e devem ser aprovadas ainda este ano, no mês de dezembro”, disse.

O pacote de cortes de gastos faz parte do esforço do governo Lula para consolidar as bases de sua política econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A meta de economia é de R$ 370 bilhões até 2030, mas a resistência no Legislativo e a pressão de setores sociais têm aumentado o grau de dificuldade para aprovação das medidas.

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