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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Saúde

Rússia anuncia vacina contra o câncer com distribuição prevista para 2025

Vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (RNAm)

Postado em 19 de dezembro de 2024 por Otavio Augusto
Imagem ilustrativa. Foto: Divulgação

A Rússia anunciou, no último dia 14, o desenvolvimento de sua própria vacina contra o câncer. O imunizante, segundo o governo, será distribuído gratuitamente a partir de 2025. De acordo com as informações divulgadas, a vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (RNAm), a mesma empregada nas vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna.

O imunizante tem caráter terapêutico, ou seja, é destinado ao tratamento do câncer e não à sua prevenção. A tecnologia busca ensinar o sistema imunológico a reconhecer e combater células cancerígenas. No entanto, especialistas apontam a necessidade de mais transparência por parte do governo russo em relação às pesquisas e aos resultados obtidos.

Vacina contra o câncer

O desenvolvimento da vacina contou com a colaboração de diversos centros de pesquisa. Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, afirmou à agência estatal Tass que os testes pré-clínicos indicaram a capacidade do imunizante de suprimir o desenvolvimento de tumores e metástases.

Embora o anúncio tenha gerado expectativas, oncologistas brasileiros destacam que informações detalhadas sobre os estudos ainda precisam ser divulgadas. Para Diogo Assed Bastos, integrante do centro de oncologia do Hospital Sírio-Libanês, é essencial compreender qual molécula está sendo usada, como ela atua e quais foram os estudos clínicos realizados.

Segundo Bastos, a validação científica exige a publicação dos dados em revistas especializadas e apresentações em congressos. Ele destacou que não existe, atualmente, uma terapia capaz de curar qualquer tipo de câncer com base em informações genéticas.

A vacina russa utiliza a abordagem de RNA mensageiro, que já é investigada em outras partes do mundo. Essa tecnologia permite a formação de proteínas específicas que ativam o sistema imunológico

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