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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Segundo mandato

Pellozo inicia 2025 com o desafio de entregar o Hospital Municipal em Senador Canedo

Promessa do prefeito reeleito é concluir a entrega do Hospital Municipal até metade do ano e implementar a tarifa zero no transporte público, com as discussões já em estágio avançado

Postado em 24 de dezembro de 2024 por Bruno Goulart
Pellozo inicia 2025 com o desafio de entregar o Hospital Municipal em Senador Canedo
Foto: Prefeitura de Senador Canedo/Divulgação

Em Senador Canedo, o prefeito reeleito Fernando Pellozo (União Brasil), começa 2025 já marcado por desafios. Mesmo encerrando seu primeiro mandato com uma avaliação positiva, o gestor agora tem o compromisso de entregar o Hospital Municipal e de implementar a tarifa zero no transporte público. Esses projetos são caros para a população, mas enfrentam incertezas devido às limitações orçamentárias.

O novo hospital, cuja construção foi iniciada em julho de 2024, é projetado para ser uma referência na região. Ele está localizado na GO-537 e deve atender todas as demandas da cidade. Com um terreno de 9 mil metros quadrados, a unidade prevê 120 leitos de internação, 10 de UTI neonatal, centros obstétrico e cirúrgico, e amplo estacionamento. 

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Embora a proposta seja ambiciosa, o desafio financeiro é significativo. O motivo é a crise de recursos, que afeta a maioria das cidades brasileiras, e é especialmente sentida em Senador Canedo, onde o bloqueio de emendas parlamentares coloca em risco a conclusão do projeto.

Bloqueio das emendas

A recente decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, tem agravado a situação fiscal em todo o país.  Essas emendas, conhecidas como “emendas PIX”, são uma fonte essencial de recursos para os municípios, permitindo que mantenham suas contas em dia e avancem com investimentos. Em Senador Canedo, a dependência desses repasses torna a situação ainda mais delicada.

A medida, que tem virado uma novela em Brasília, com o libera e o não libera, agrava a situação das cidades brasileiras. Parlamentares criticaram a decisão como precipitada, argumentando que ela prejudica os municípios ao dificultar a execução de recursos essenciais. Por isso, alguns parlamentares têm proposto transformar emendas de comissão em individuais, garantindo mais recursos, transparência e rastreabilidade. Contudo, a solução ainda depende de consenso político.

Mesmo apesar das dificuldades, Pellozo encerrou seu primeiro mandato com as contas da prefeitura em dia, um feito notável em meio à crise financeira que atinge a maioria dos municípios. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 71,2% dos gestores municipais identificaram a falta de recursos como o principal desafio nos últimos quatro anos. Em Senador Canedo, a manutenção do equilíbrio financeiro permitiu avanços, como a inauguração do moderno Paço Municipal, que centralizou a administração e melhorou a eficiência dos serviços públicos.

No entanto, o segundo mandato traz uma agenda ainda mais ambiciosa, com outro projeto que quer implantar tarifa zero no transporte público de Senador Canedo. Essa iniciativa, uma das principais promessas de Pellozo, exige um planejamento minucioso para garantir sua viabilidade financeira. A medida requer que a prefeitura reestruture suas finanças para cobrir os subsídios destinados à administradora do sistema de transporte público, sem comprometer outras áreas prioritárias.

Para superar os entraves financeiros, o prefeito deverá continuar mantendo boa relação com parlamentares em Brasília e com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). A captação de recursos suplementares, somada à boa gestão dos fundos municipais, será decisiva para garantir a conclusão das obras do hospital e o cumprimento das demais promessas de campanha.

E o contexto político em 2025 também deverá ser mais desafiador do que nos anos anteriores. O bloqueio de emendas, nesta reta final do ano, reforça a urgência de redefinir as prioridades do governo federal e ampliar o diálogo com estados e municípios.

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