TSE teme rompimento de parceria com a Meta
Empresa já foi considerada uma das maiores colaboradoras da Justiça Eleitoral brasileira no combate a fake news
As mudanças nas políticas da Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, têm gerado incertezas quanto à continuidade das parcerias firmadas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o enfrentamento das “fake news”.
Após encerrar seu programa de checagem de fatos, a empresa manifestou críticas aos tribunais latino-americanos, o que levantou temores sobre a possível ruptura dos convênios com a Justiça Eleitoral brasileira.
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Nas eleições de 2022, a Meta foi uma importante parceira ao implementar ferramentas de combate à desinformação, como a divulgação de mensagens informativas sobre o pleito e a identificação de disparos em massa no WhatsApp, prática considerada pelo TSE como abuso de poder e passível de inelegibilidade. À época, o ministro Alexandre de Moraes elogiou a colaboração e apontou a empresa como uma aliada ao combate de discursos de ódio.
Entretanto, o posicionamento do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em defesa de uma “suposta liberdade de expressão” com o fim do serviço de checagem, é visto por ministros do TSE como um retrocesso. A medida pode enfraquecer os esforços para garantir a integridade das eleições e o combate à desinformação.