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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Política Nacional

Lula sofre três derrotas consecutivas e caminha para a quarta  

Apesar da crise do pix, a PEC da Segurança Pública e do o envio de representantes para a posse de Maduro, retorno do imposto sindical surge como próxima ameaça 

Postado em 20 de janeiro de 2025 por Raunner Vinicius Soares
Lula se irrita em derrota para oposição sobre norma do Pix
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acumula três derrotas seguidas e pode estar caminhando para a quarta com a pauta engatilhada para estourar nas próximas semanas. Começou com a polêmica do envio de representantes para a posse do ditador Nicolás Maduro da Venezuela, acompanhada pelo desgaste seguido pela submissão de Lula em acatar as exigências dos governadores na PEC da Segurança Pública e a situação, que ainda não foi totalmente decifrada, das novas regras que foram anunciadas pela Receita Federal (suposta taxação do pix), na qual o chefe de Estado teve que voltar atrás.  

O líder petista pode estar caminhando para outra crise: o projeto de lei que deve ser apresentado ao Congresso do retorno do imposto sindical. O presidente sindicalista e os trabalhadores podem rivalizar com a disputa que abalará as estruturas do governo nos próximos dias.   

Após o presidente enviar Gilvânia Maria de Oliveira, a embaixadora em Caracas, para a posse do ditador venezuelano, governadores de Goiás, Minas Gerais e Pará repudiam a ação. Opositores como Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo) e o aliado Helder Barbalho (MDB) levantaram críticas contundentes ao governo, que embasou a sua eleição na imagem de um democrata, opositor do autoritarismo. À exemplo da declaração de Caiado que afirmou, na ocasião, que “o governo Lula tem a obrigação moral de cancelar a ida do embaixador brasileiro à posse do ditador Nicolás Maduro e de cobrar, de forma contundente, a liberdade de Maria Corina Machado, sequestrada pelo regime por liderar a oposição venezuelana”. Embora, depois da grande repercussão internacional, Corina tenha sido solta sem nenhum problema anunciado oficialmente. 

Leia mais: Lula abre mão do PT em reforma ministerial que pode minar Caiado

  Do mesmo modo, o conflito que já se arrastava por algumas semanas, estourou em um impasse cataclísmico, novamente, entre governadores e Lula. A Proposta de Emenda Constitucional da Segurança Pública entrou na contramão da autonomia dos governos locais de administrar sua própria defesa. O projeto centralizava diversas decisões e ainda implantava mecanismos de controle por meio dos repasses de recursos para os estados. Posteriormente, em uma clara demonstração de derrota, o ministro da justiça, Ricardo Lewandowski, envia novo texto “revisado, com sugestões de governadores e de membros do próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi enviado à Casa Civil da Presidência da República”, diz nota oficial.   

A terceira crise envolveu o presidente e a população em mistura de desinformação com fatos que realmente afetaria, caso não tivesse voltado atrás, os bolsos dos brasileiros. As novas regras que foram anunciadas pela Receita Federal, para o ano de 2025, intensificaram o controle das atividades financeiras dos brasileiros e objetivavam punir sonegadores. De acordo com a instituição, as movimentações, por mês, acima R$ 15 mil para empresas e de R$ 5 mil para pessoas físicas, realizadas por instituições de pagamentos e por operadoras de cartão de crédito seriam monitoradas. Medida poderia dificultar a vida dos prestadores de serviço.      

E agora, a proposta que pretende abalar as próximas semanas é a do retorno da obrigatoriedade do imposto sindical. O projeto, que ainda está sendo discutido nas assembleias das categorias de trabalhadores, indica que a taxa descontada na folha de pagamento será fixada em 1% do rendimento anual do trabalhador. Em outras situações, os próprios trabalhadores se opuseram à imposição da taxa. A apresentação da proposta entra em convergência com as pautas mais ideológicas do presidente Lula e a crise do pix demonstrou que os brasileiros não querem mais ser onerados.   

 

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