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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Novo governo

Impasse de Natal vira “crise” na gestão de Corrêa em Anápolis

Prefeito afirmou categoricamente que não irá pagar os R$ 2 milhões previstos em contrato pelos enfeites de natal e e chegou a sugerir que a árvore de Natal, ainda instalada na cidade, fosse queimada em uma “fogueira de festa junina

Postado em 24 de janeiro de 2025 por Bruno Goulart
Impasse de Natal vira “crise” na gestão de Corrêa em Anápolis
Foto: Reprodução

O impasse envolvendo a decoração de Natal de Anápolis, contratada pela gestão do ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos), se transformou em uma das primeiras “crises”, digamos assim, enfrentadas pelo atual prefeito Márcio Corrêa (PL). O tema, que inicialmente poderia ser resolvido com negociações entre a Prefeitura e a empresa contratada, se desdobrou após declarações do chefe do Executivo local. Corrêa afirmou, categoricamente, que não irá pagar os R$ 2 milhões previstos em contrato pelos serviços prestados pela empresa Luz de Natal, Projetos e Iluminações LTDA.

Em entrevista à Rádio São Francisco FM, Corrêa sugeriu que a árvore de Natal, caso não seja retirada, poderia ser queimada em uma “fogueira de festa junina”, dada a indisposição da Prefeitura em pagar pelo serviço. Segundo o prefeito, o contrato firmado pela gestão anterior não foi empenhado nem contabilizado, o que justificaria sua postura. “Entre na Justiça e busque seu caminho”, afirmou Corrêa, deixando claro que não pretende arcar com a dívida.

Natal fora de época

A decoração natalina permanece montada em vários pontos de Anápolis, mesmo após o encerramento dos festejos de fim de ano. A empresa responsável se recusa a desmontar os enfeites enquanto não receber o valor integral acordado.

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O contrato, firmado em 26 de novembro de 2024, previa um pagamento de pouco mais de R$ 2 milhões, com prazo de quitação de até 30 dias. No entanto, a falta de empenho e registro contábil por parte da gestão anterior deixou a situação em aberto. Ainda assim, a permanência da decoração é vista por muitos como um incômodo para a população e um reflexo da instabilidade administrativa da cidade.

Endividamento crônico

Corrêa também tem enfatizado o endividamento de Anápolis, que ultrapassa os R$ 800 milhões, como um dos motivos para sua postura. O prefeito afirmou que as taxas de juros dessas dívidas tornam inviável qualquer flexibilização. 

Sobre a decoração de Natal, afirmou que irá acionar a Procuradoria Geral do Município para definir a melhor solução sobre a dívida. Ele garantiu que não pagará nenhuma despesa da gestão anterior que não tenha sido devidamente empenhada ou contabilizada, incentivando a empresa responsável a buscar seus direitos na Justiça.

Corrêa também criticou as dívidas herdadas, acusando a administração anterior de irresponsabilidade financeira e chamando-a de “caloteira”. Apesar das críticas, o prefeito mencionou apenas um contrato específico, relacionado à UPA da Mulher, como exemplo de dívida não quitada, sem detalhar outras pendências citadas na entrevista.

Embora a crítica ao endividamento seja válida, especialistas apontam que o discurso do prefeito pode ter consequências políticas adversas. Isso porque é fundamental que Corrêa equilibre a necessidade de apontar os erros da administração anterior com a urgência de apresentar soluções práticas. Caso contrário, ele corre o risco de ser visto como um líder que prioriza o confronto em detrimento da gestão.

O que esperar?

Até o momento, a situação da decoração natalina segue indefinida. A empresa Luz de Natal declarou que vai buscar soluções judiciais para garantir o recebimento. Enquanto isso, resta saber se o prefeito conseguirá superar esse episódio sem comprometer sua imagem junto à população.

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