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terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Ataque à democracia

Financiadores do 8 de janeiro serão julgados ainda este semestre pelo STF

Investigação aponta que suspeitos pagaram passagens, combustível e fretaram ônibus para levar manifestantes a Brasília. STF já condenou 371 pessoas pelos ataques aos Três Poderes

Postado em 28 de janeiro de 2025 por Bruno Goulart
Financiadores do 8 de janeiro serão julgados ainda este semestre pelo STF
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará, ainda neste semestre, o julgamento de 63 pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por financiar os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023.

As investigações, que se dividem em quatro núcleos (executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas), apontam que os acusados custearam passagens, combustível e fretamento de ônibus para levar manifestantes a Brasília. Até agora, o STF já condenou 371 pessoas, das mais de duas mil investigadas, pelos ataques aos prédios dos Três Poderes.

Denunciados pelos ataques de 8 de janeiro

Entre os denunciados está o empresário Pedro Luis Kurunczi, de Londrina (PR), que teria gasto R$ 59,2 mil para fretar quatro ônibus e levar 108 pessoas à capital federal. Além disso, ele participou de grupos de mensagens com teor golpista, incitando a população e as Forças Armadas a contestar o resultado das eleições de 2022.

Leia mais: Bolsonaro quer maioria no Senado para acabar com os mandos e desmandos do STF

Apesar das acusações, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que não foram identificados “megafinanciadores” dos atos, mas sim um “financiamento disperso”, com diferentes pessoas contribuindo com recursos e logística.

Das 371 condenações já proferidas pelo STF, 225 foram por crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e dano qualificado, com penas que variam de três a 17 anos e seis meses de prisão. Outras 146 pessoas foram condenadas por crimes considerados menos graves, como incitação e associação criminosa, e receberam penas alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica, prestação de serviços comunitários e participação em cursos sobre democracia.

Cinco pessoas foram absolvidas das acusações. O julgamento dos financiadores marca mais uma etapa no processo de responsabilização pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

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