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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
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Emendas

Dino libera emendas para pesquisas tecnológicas, mas imbróglio continua

Ministro do STF liberou pagamento para quatro fundações que atuam no ramo

Postado em 30 de janeiro de 2025 por Thiago Borges

A trama envolvendo os imbróglios da liberação do pagamento de emendas parlamentares ganhou um novo capítulo na última terça-feira, 28, quando o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o pagamento de emendas destinadas a quatro fundações que atuam no apoio a pesquisas tecnológicas. 

Os repasses dos recursos foram liberados pelo magistrado após uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar a inexistência de irregularidades nos valores destinados às instituições. As fundações que irão receber os recursos são: Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica da Universidade Federal Rural do Rio Janeiro (Fapur); a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec); a Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), além do Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social (Ibras).

Em sua justificativa, Dino explicou que a CGU “concluiu que as referidas entidades disponibilizam páginas de transparência de fácil acesso, apresentam informações sobre emendas parlamentares a elas destinadas e, portanto, cumprem os requisitos de transparência”.

A liberação parcial vem após Dino travar – mais uma – guerra em razão das emendas parlamentares. No início deste ano, o ministro já havia suspendido o envio de emendas para Organizações Não Governamentais (ONGs) devido à falta de transparência, e garantiu que os recursos seriam liberados conforme a apresentação da comprovação da regularidade dos repasses – feitos pelo governo federal.

Além disso, cobrando maior transparência dos órgãos governamentais, Dino determinou, na primeira quinzena do ano, que a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Educação (MEC) publicassem – dentro de 30 dias – normas e orientações sobre prestação de contas e uso de emendas parlamentares, por parte de ONGs e Fundações de Apoio a Universidades. O prazo estabelecido termina no próximo dia 12. 

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Imbróglio das emendas

Em dezembro de 2024, Dino bloqueou o pagamento de 5.449 indicações de emendas de comissão do Congresso Nacional que não obedeceram às normas estabelecidas pela Suprema Corte – que foram aprovadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. O valor somado das emendas equivale aproximadamente a R$ 4,2 bilhões, segundo dados do Poder Legislativo.

Porém, uma semana depois, o ministro autorizou que os empenhos das emendas de comissão realizados antes da sua decisão do dia 23 de dezembro, quando suspendeu os repasses, sejam excepcionalmente executados para evitar insegurança jurídica e financeira das partes que receberiam os recursos.

As desavenças entre o Judiciário e o Legislativo em torno das emendas parlamentares já não se tornaram recorrentes na política brasileira. Desde agosto do último ano, quando Dino suspendeu o pagamento das emendas individuais de transferência especial – popularmente, emendas Pix – e cobrou maior rastreabilidade dos recursos destinados pelos parlamentares. A Lei Complementar 210/2024 define as normas para o pagamento das emendas e foi sancionada na esperança de sanar o impasse entre os poderes, porém, não aconteceu como o esperado. (Especial para O Hoje)

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