Galípolo revela incômodo com inflação fora da meta
Presidente do BC garantiu que não poupará esforços para cumprir meta inflacionária
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Presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo afirmou nesta sexta-feira (14) que está “bastante incomodado” com a inflação acima da tolerância da meta inflacionária.
A meta inflacionária, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) , é de 3% com tolerância de um ponto e meio percentual, para mais e para menos – ou seja, o mínimo sendo 1,5% e o máximo 4,5%.
Em reunião da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (Iedi), Galípolo traçou um comparativo do atual cenário econômico com o de 1982. O presidente da instituição monetária declarou que, apesar dos problemas do país não serem resolvidos de imediato, o Brasil tem avançado nas últimas décadas.
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“[Era] Um país que estava excluído do circuito financeiro internacional, sem reservas. Hoje o país tem reservas suficientes para honrar a sua dívida externa pública e privada […]. [Tem] Uma autoridade monetária que está aqui bastante incomodada com o fato de que a inflação está fora da meta e que não vai reduzir ou poupar nenhum tipo de esforço para cumprir essa meta”, afirmou Galípolo.
Porém, o presidente do BC ressaltou que a inflação está em um patamar bem abaixo do que foi registrado no século 20. “A maneira mais rápida de você causar dano a qualquer sociedade é atacar a sua moeda. O papel do Banco Central é ser o zelador e guardião dessa instituição que é responsável e o metabolismo que é essa sociedade, que é a moeda”, disse.