PSDB diz que “está vivo”, mas debandada paulista pode ditar cenário nacional
Neste ano, com um fraco poder de barganha, um acordo entre partidos, que é a grande esperança da sigla, não se materializa

O Partido da Social Democracia Brasileiro (PSDB) pode perder a sua última resistência com ameaças de debandada da bancada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O estremecimento começou com a derrota da sigla para Tarcísio de Freitas (Republicanos), após quase três décadas de hegemonia – 28 anos. Foram sete eleições consecutivas desde 1994. O partido diz que está vivo, mas crise pode ter consequências no cenário nacional.
O PSDB segue afirmando em sua página oficial que “a imprensa está errada”, totalmente errada” e que “está vivo”, mas sinais de desequilíbrios persistem em vociferar aos quatro cantos. Primeiro, disputas entre lideranças do partido contra o João Dória resultou em um racha, que levou a sigla a abrir mão de uma candidatura à presidência do Brasil. Fato inédito e ao mesmo tempo histórico.
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Além disso, para oferecer um tom ainda mais dramático, a derrota de Rodrigo Garcia, em 2022, para Tarcísio, fechou o primeiro ciclo de desventuras. Depois, em abril de 2024, de uma só vez, oito vereadores saíram da legenda. Em outubro do mesmo ano, o PSDB não conseguiu eleger nenhum prefeito em capitais. Na Câmara Municipal de São Paulo, não obteve representação.
Neste ano, com um fraco poder de barganha, os acordos não se materializam. A possível absorção pelo Partido Social Democrático (PSD), que tem sido pauta nos últimos meses, está mais especulativa do que real. E mais, a insatisfação dos deputados estaduais paulistas com a concentração de poder nas mãos da figura do Aécio Neves, não tem agradado por conta de sua situação jurídica, conta interlocutores.