Quase metade do Congresso rejeita Lula e Haddad
Pesquisa, realizada na Câmara e Senado, ouviu 110 deputados federais de 18 partidos diferentes e 26 senadores de 11 siglas. O levantamento foi realizado entre os dias 11 a 12 de fevereiro

Nesta última quinta-feira (13), o portal Ranking dos Políticos divulgou um levantamento que aponta a insatisfação dos parlamentares do Congresso Nacional diante da gestão de Luiz Inácio Lula (PT). Além do índice da popularidade, a instituição também apurou a aprovação sobre as principais pautas marcadas desde a volta do recesso parlamentar em fevereiro, como a anistia do 8 de janeiro e a isenção do Imposto de Renda de até R$ 5 mil com a tributação dos mais ricos.
De acordo com a pesquisa, quase metade dos congressistas avaliam o governo do petista como ruim ou péssimo, por entre os deputados o índice foi de 49,1%, já os senadores apontam um coeficiente de 46,2%. Por outro lado, os parlamentares da Câmara que apontaram sobre uma boa gestão são de apenas 28,2%, enquanto 30,8% dos senadores avaliaram positivamente o governo. Enquanto isso, o índice regular de para as duas Casas ficou com 22,7% e 23%, respectivamente.
Em comparação com o último levantamento feito em julho de 2024, tanto a aprovação como rejeição da gestão do petista subiram marginalmente por entre os deputados, com variação de 1,7 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente. Para o Senado, o cenário comparativo também é parecido com um acréscimo na aprovação do Governo de 5,9% mas com uma leve recaída na reprovação de Lula com 0,2 pontos. “A visão dos deputados sobre a relação com o governo federal continua com uma rejeição próxima a dois terços, mas houve uma melhora na avaliação positiva para parcela dos deputados, subindo de 19,6% para 25,5% o índice de ótimo/bom. O cenário no Senado é mais favorável ao governo”, afirma a pesquisa.
Outro dado relevante que aponta é a desaprovação da gestão de Fernando Haddad sob o Ministério da Fazenda. A análise mostra uma rejeição das medidas no ministro, especificamente na Câmara dos Deputados, que subiu de 28,8% em setembro de 2023 para 46,4%. No Senado, no entanto, aponta um cenário mais favorável ao titular com uma variação de 10,8% na reprovação, saindo de 23,8% para 34,6%. O aumento da rejeição foi atribuída pelo instituto devido a “crise do pix”, o aumento da carga tributária e o aumento da inflação que diminui o poder de compra da população.
A pesquisa ouviu 110 deputados federais de 18 partidos diferentes e 26 senadores de 11 siglas. A pesquisa foi feita entre os dias 11 a 12 de fevereiro de 2025.
Apesar disso, a pesquisa não foi bem recebida por entre o meio lulista e da esquerda que criticam o instituto por ter um viés à direita. O mesmo instituto também ranqueia deputados e senadores com base em um cálculo próprio que leva em conta a economia dos recursos públicos, pautas contra o privilégio financeiro da classe política, decisões judiciais apelidadas de “Ficha Limpa” e presença nas sessões. Em quase todas as categorias, parlamentares e partidos à direita são classificados ao topo, enquanto os congressistas e partidos à esquerda são classificados ao fundo. Sobre isso, os partidos do NOVO, Cidadania e PL ocupam o topo das pesquisas, enquanto as siglas do PCdoB, PSOL e PT ocupam o fundo da classificação até o momento em que a reportagem foi divulgada.