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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
atividade física

Mais de 7 mil passos por dia reduzem risco de depressão

Cada mil passos adicionais correspondem a uma queda de 9% no risco de depressão

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 7 de maio de 2025
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Mais de 7 mil passos por dia reduzem risco de depressão. | Foto: Reprodução

Caminhar pode ser um aliado importante na prevenção da depressão. De acordo com uma revisão de estudos publicada no JAMA Psychiatry, atingir mais de 7 mil passos diários está associado a uma redução de 31% no risco de desenvolver a doença. A pesquisa analisou dados de mais de 96 mil adultos, com idades entre 18 e 91 anos, e observou uma relação direta entre a quantidade de passos e a diminuição de sintomas depressivos.

O levantamento foi conduzido por cientistas da Universidade de Castilla-La Mancha, na Espanha, em parceria com outras instituições. Ao todo, 33 estudos observacionais foram incluídos na análise. Os pesquisadores constataram que, acima da marca de 7 mil passos por dia, cada mil passos adicionais correspondem a uma queda de 9% no risco de depressão. Por outro lado, níveis abaixo de 5 mil passos mostraram resultados menos expressivos.

Os mecanismos que explicam essa relação incluem alterações fisiológicas e emocionais. A prática regular de atividade física favorece o aumento de neurotransmissores como serotonina e dopamina, ligados à sensação de bem-estar, e reduz o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Também pode melhorar a qualidade do sono, fator crucial para o equilíbrio emocional, e promover ganhos em autoestima e interação social, ambos protetores contra a depressão.

Para os autores, contar passos pode se tornar uma ferramenta prática e acessível no enfrentamento à doença. A proposta de metas diárias favorece a adesão a hábitos mais ativos, amplia a autonomia do indivíduo no monitoramento da própria saúde e pode contribuir para estratégias de saúde pública.

E não é preciso começar de forma intensa: abandonar o sedentarismo, mesmo que com poucas caminhadas, já representa um avanço importante, sobretudo para quem enfrenta limitações físicas ou de rotina. Outras práticas, como exercícios aeróbicos, treinos de força e atividades integrativas como ioga ou tai chi chuan, também demonstraram benefícios no alívio dos sintomas depressivos.

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