Toda conversa a cerca de um ano da campanha é provisória. Contudo, o partido Progressistas (PP) defende que o vice-governador Daniel Vilela (MDB), tenha uma chapa fechada ao Senado – ou seja, sem múltiplas candidaturas – com um nome da legenda na composição. A informação é do vice-presidente do PP, Joel Sant’Anna, que também é secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços. 

Ele cita que, em 2022, a estratégia não deu certo. À época, com uma vaga ao Senado, três nomes disputaram pela base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) de forma independente: Delegado Waldir Soares (União Brasil), Alexandre Baldy (PP) e Vilmar Rocha (PSD). O trio ocupou, respectivamente, o terceiro, quarto e sétimo lugar no pleito. 

Wilder Morais (PL) foi o eleito com 799 mil votos, seguido pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB), com 626 mil. Os três nomes da base somaram cerca de 1 milhão de eleitores. Isso não quer dizer, claro, que uma candidatura de consenso atrairia toda essa votação, mas o resultado poderia ter sido outro. 

Questionado sobre o nome, Joel defende o irmão e presidente do partido em Goiás, Alexandre Baldy. “Nome que tem trabalhos realizados, serviços prestados e agrega. Além disso, o partido tem capilaridade, prefeito e estrutura. Vai agregar, inclusive, em tempo de TV.” Ele lembra, ainda, que, hoje, o PP e o União Brasil do governador Ronaldo Caiado estão federados. “E a federação contribui.”

No momento, o que estaria certo é uma vaga de senadora na chapa para a primeira-dama Gracinha Caiado. Ao mesmo tempo que o PP, mostra interesse em ocupar a segunda, outro grupo atua para que o senador Vanderlan Cardoso (PSD) consiga o espaço. A informação foi confirmada ao O HOJE durante jantar organizado pelo deputado federal José Nelto (União Brasil) no mês passado.

“Nossa chapa será Ronaldo Caiado (União Brasil) para presidente, Daniel Vilela para o governo e para o Senado, Gracinha e Vanderlan Cardoso. Essa é a chapa que nós queremos”, disse Nelto que pretende fazer dobradinha com Vanderlan (ambos disputarão a reeleição, em 2026). “Essa chapa já pegou”, afirmou à época. 

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O senador Vanderlan Cardoso, por sua vez, confirmou que vai disputar a reeleição em 2026. Segundo o político, o momento é dos partidos e pré-candidatos colocarem seus nomes. Desta forma, ele reforça que a chapa não está definida. “Não podemos atropelar o processo. Temos vários bons nomes pré-candidatos. Então, esses pré-candidatos trabalham para viabilizar. Daniel, como candidato a governador, precisará do apoio de todos. Então, não pode fechar questão. O que está certo é a pré-candidatura da Gracinha, mas tem crescido muito a defesa do segundo voto no senador Vanderlan”, diz o sobre si.

Questionado se disputaria mesmo em uma situação de múltiplas candidaturas, como ocorreu em 2022, o senador confirma. “No meu caso, que tenho serviços prestados para Goiás e Brasil, quanto mais candidatos, melhor. Zero problema [em ter vários candidatos].” Ele descarta concorrer por outra base que não seja a do governador Ronaldo Caiado e vice Daniel Vilela.

Joel desmente rumores de saída de Baldy do PP

Circulou, recentemente, a informação de que o presidente estadual do PP, o presidente da Agência Goiana de Habitação Alexandre Baldy, deixaria o partido rumo ao Republicanos. Vice-presidente progressista em Goiás, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços Joel Sant’Anna desconhece esses rumores. 

“O Alexandre tem ligação muito forte com o PP. É aliado do Ciro Nogueira (presidente da legenda) e do Arthur Lira (ex-presidente da Câmara). Então, acho muito difícil. Na política nunca se sabe, mas ele está muito bem no PP”, afirma.