Operação desmantela esquema de furto de gado e abate clandestino no interior de Goiás
PCGO cumpre mandados de busca para investigar grupo suspeito de ameaçar vítimas e comercializar carne bovina de forma irregular
Na quarta-feira (14) a Polícia Civil de Goiás (PCGO), realizou a Operação Silêncio Rural, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso de furto de gado, abate clandestino e comercialização irregular de carne bovina no município de Baliza, região Oeste do estado, á 164 quilômetros de Caiapônia. Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pela Justiça a partir de robustos indícios reunidos pela investigação.
Os alvos seriam integrantes de um grupo organizado que, além de furtar semoventes de propriedades rurais, também usaria práticas de intimidação e ameaças para silenciar vítimas e testemunhas.
As investigações tiveram início em julho de 2024, após o desaparecimento de três vacas de uma fazenda da região. O proprietário do rebanho procurou a PCGO em Aragarças relatando não apenas o sumiço dos animais, mas também ter sido ameaçado por um funcionário de um comerciante local, supostamente envolvido no esquema.
Segundo o depoimento, o autor da ameaça teria afirmado fazer parte de uma facção criminosa e chegou a mencionar informações sensíveis sobre a vida pessoal da vítima como o endereço de sua residência e o local de estudo dos filhos numa tentativa explícita de intimidação e coerção. A conduta visava impedir que a vítima denunciasse o crime ou colaborasse com a investigação.
As diligências apontaram ainda para a possível participação de pessoas ligadas ao comércio local e a utilização de instalações privadas para o abate ilegal de animais. A carne proveniente dessas ações estaria sendo repassada à população sem qualquer controle sanitário, representando risco à saúde pública.
Durante a operação, a polícia apreendeu dispositivos eletrônicos e materiais que podem ajudar a comprovar os crimes investigados. Os itens serão periciados nos próximos dias
As investigações seguem em andamento e os envolvidos podem responder por furto qualificado, abate clandestino, ameaça e organização criminosa, entre outros delitos. A Polícia Civil orienta que outras possíveis vítimas procurem a delegacia mais próxima para colaborar com as investigações.
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