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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Política Nacional

Senado trava indicações de Lula para agências, embaixadas e Conselho

Se por um lado o governo federal vem enfrentando crises de popularidade, que pesam contra nas casas legislativas, por outro lado as novas alianças partidárias renovam as forças do centrão 

Raunner Vinicius Soarespor Raunner Vinicius Soares em 19 de maio de 2025
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Cientista político: “Não vejo uma alternativa em que o governo consiga realinhar os apoios para aprovar pautas importantes dentro do Congresso” || Foto: Ricardo Stuckert/PR

Com 33 indicações que aguardam aval do Senado Federal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não aprovou nenhum dos nomes apresentados neste ano. O assunto que perpassa nos bastidores da política nacional é que as disputas têm travado as autorizações. Há atritos por espaços em agências de regulação, embaixadas e no Conselho Nacional do Ministério Público. A situação é um dos indicativos que o chefe do Executivo vem enfrentando dificuldades de um Congresso cada vez mais empoderado e intransigente. 

Se por um lado o governo federal vem enfrentando crises de popularidade, que pesam contra nas casas legislativas, por outro lado as novas alianças partidárias renovam as forças do centrão. Nos últimos meses, as temáticas federação e fusão tomaram o debate político. O União Brasil (União) e o Partido Progressistas (PP) compõem uma federação que formou a maior força política do país. Para se ter uma ideia, a federação que tem validade por quatro anos, representa cerca de 20% do total dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal: são 109 deputados e 14 senadores. 

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Além disso, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) iniciou o processo de fusão com o Podemos (PODE). O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o Republicanos anunciaram o início de uma possível federação. Além dessas, outras tratativas estão ocorrendo no mesmo sentido, ainda que nada conclusivo até o momento. Ademais, negociações momentâneas entre as legendas do centrão estão ocorrendo com intensidade.  

Essas movimentações têm apontado que os parlamentares estão se aglutinando para se fortalecer. Questões como eleições, orçamento e a aprovação de pautas pesam a favor dessas decisões que levam em consideração os projetos políticos futuros de cada sigla. Ou seja, indiretamente o Brasil caminha para uma nova organização dos Poderes em que o Legislativo terá ainda mais força que o Executivo. E, apesar de existirem ações de contenção por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente no que concerne ao controle do orçamento, o Congresso vem passando por cima e demonstrando que têm seus próprios objetivos.    

Com isso, cada vez mais, o governo federal vem encontrando um legislativo que, para ceder, cobra um custo gradativamente mais elevado. Dentre os nomes que aguardam a aprovação do Senado para ocupar os cargos de diretores em agências de regulação, estão: Lorena Pozzo (diretora de Instalações Radioativas e Controle); Ailton Fernando Dias (diretor de instalações nucleares e salvaguardas); Wadih Damous Filho (presidente); Tiago Chagas Faierstein (presidente); Rui Chagas Mesquita (diretor); Daniela Marreco Cerqueira (diretora); Leandro Pinheiro Safatle (presidente); Diogo Penha Soares (diretor); José Gomes Júnior (diretor); Guilherme Sampaio (diretor-geral); Larissa Oliveira Rêgo (diretora); Cristiane Collet Battiston (diretora); e Leonardo Góes Silva (diretor). 

Dentre os cargos de embaixadores estão: Ricardo José Lustosa Leal (Timor-Leste); Sérgio Rodrigues Dos Santos (Rússia e Uzbequistão); Rodrigo Soares (Alemanha); Eduardo Paes Saboia (Áustria); João Mendes Pereira (Panamá); Maria Clara De Abreu Rada (Sérvia e Montenegro); Silvio Albuquerque E Silva (Bélgica e Grão-Ducado de Luxemburgo); Júlio Cesar Fontes Laranjeira (Belarus); André Veras Guimarães (Irã); Bernard Klingl (Azerbaijão); Paulo Uchôa Ribeiro Filho (Arábia Saudita e lêmen); Pablo Duarte Cardoso (Guiné-Bissau); Daniella Menezes (Malásia e Brunei Darussalam); Maria Elisa Teófilo De Luna (Granada); e Vivian Loss Sanmartin (Camboja). 

Por fim, as vagas no Conselho Nacional do Ministério Público: Greice Fonseca Stocker (integrante – vaga da OAB); e Auriney Uchôa De Brito (integrante – vaga da OAB).  

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