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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Ter um pet muda tudo

Estudo comprova impacto dos animais no bem-estar emocional

Universidade de Kent aponta que cães e gatos aumentam a felicidade e devem ser reconhecidos como parte da estrutura familiar

Luana Avelarpor Luana Avelar em 28 de maio de 2025
14 MATERIA CREDITOS Lazy Bear istock

Um estudo inédito da Universidade de Kent, no Reino Unido, confirma o que muitos tutores já intuíram: viver com um animal de estimação, especialmente cães e gatos  tem um impacto no bem-estar emocional. A presença desses companheiros eleva os níveis de felicidade de forma semelhante a eventos marcantes da vida, como o casamento ou o convívio frequente com amigos e familiares, revelando que os pets ocupam um papel social essencial na vida moderna.

A pesquisa analisou mais de 2.600 respostas de 769 participantes do Estudo Longitudinal de Domicílios do Reino Unido. Os dados foram ajustados por variáveis como idade, escolaridade, renda, personalidade e estado civil, e a equipe utilizou uma metodologia estatística rigorosa, chamada “variável instrumental”, para distinguir correlação de causalidade. Isso significa que o estudo foi capaz de demonstrar que não são apenas pessoas naturalmente mais felizes que adotam animais: o ato de ter um pet, por si só, contribui para elevar os níveis de felicidade.

As implicações ultrapassam o campo afetivo e tocam áreas como políticas públicas e habitação. Diante dos resultados, os pesquisadores defendem a ampliação da presença de animais em espaços coletivos e programas de acolhimento emocional, além da revisão de legislações habitacionais que dificultam a convivência com pets em imóveis alugados. Iniciativas que promovam o convívio humano-animal, especialmente em contextos urbanos e solitários, podem gerar impactos positivos mensuráveis para o bem-estar social.

O estudo também levanta questões jurídicas importantes. Em muitos países, os animais ainda são legalmente classificados como propriedade, o que, em situações de separação conjugal ou disputas familiares, os relega a uma condição de objeto. A equipe de Kent defende uma reavaliação dessa visão, propondo que os pets sejam reconhecidos como integrantes do núcleo familiar, com direitos mais próximos aos de um dependente emocional.

A pesquisa reafirma o que muitos tutores já sentem na prática: cães e gatos não são apenas animais de companhia, mas fontes legítimas de apoio afetivo, equilíbrio psicológico e qualidade de vida. Trata-se, portanto, de uma relação que merece reconhecimento social, jurídico e institucional, à altura da alegria que esses companheiros de quatro patas oferecem todos os dias.

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