Nova Nota Fiscal Eletrônica entra em fase de testes no Brasil
Novo modelo será obrigatório em 2026 e exige que empresas iniciem adaptações ainda em 2025 para evitar prejuízos
Começou em 1º de julho a fase de testes da nova Nota Fiscal Eletrônica, prevista na Reforma Tributária aprovada em 2023. A medida vale para todo o país e unifica os modelos NF-e e NFC-e. Com obrigatoriedade a partir de 2026, o novo padrão exige atenção das empresas desde já.
O objetivo da atualização é simplificar a emissão, facilitar o controle dos tributos e preparar o sistema nacional para a futura implementação do IBS, CBS e IS, que devem substituir os tributos atuais até 2033. O novo layout das notas inclui mais detalhes por item, como alíquotas, devoluções e regimes especiais. “Essa padronização nacional é um passo importante para reduzir a burocracia fiscal e tornar os processos mais eficientes para empresas de todos os portes”, explica a advogada tributarista Larissa Milk, especialista em recuperação e passivo tributário.
Hoje, cada estado adota um sistema próprio de autorização, o que dificulta a integração e aumenta a complexidade para empresas que atuam em diferentes regiões. Para Larissa, a padronização corrige falhas comuns. “O novo formato cria uma linguagem única no país e corrige distorções no preenchimento das notas, que muitas vezes geram erros e penalidades.”
O novo modelo estará disponível em ambiente de produção a partir de outubro de 2025. A adoção passa a ser obrigatória em janeiro do ano seguinte. Notas emitidas fora do padrão ou com erros podem ser rejeitadas, impactando diretamente o fluxo de caixa. “Negócios que ignorarem esse prazo correm o risco de ficarem travados operacionalmente, com perdas comerciais e sanções legais sérias”, alerta a especialista.
O uso do novo sistema será opcional ao longo de 2025, o que permite às empresas ajustarem seus processos internos. “Esse é o momento ideal para investir em testes, treinamentos e ajustes nos sistemas internos”, orienta Larissa Milk.
A transição deve seguir até que a regulamentação da Reforma seja consolidada. “Empresas que se anteciparem sairão na frente quando o novo sistema se tornar obrigatório.”