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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
anulação

MP pede anulação de contrato milionário entre Prefeitura de Goiânia e Sesi

De acordo com a promotora do caso, Leila Maria, essa contratação custa mais caro do que manter a Junta Médica da Prefeitura, que já conta com profissionais aprovados em concurso

Caroline Gonçalvespor Caroline Gonçalves em 31 de julho de 2025
Acordo sem licitação para perícias médicas pode ter causado prejuízo aos cofres públicos Foto: Divulgação/MP-GO
Acordo sem licitação para perícias médicas pode ter causado prejuízo aos cofres públicos Foto: Divulgação/MP-GO

O Ministério Público entrou na Justiça pedindo o cancelamento do contrato firmado entre a Prefeitura de Goiânia e o Sesi, no valor de R$ 9 milhões por ano. O acordo, feito sem licitação, contratou a instituição para realizar perícias médicas nos servidores públicos da Capital.

De acordo com a promotora do caso, Leila Maria, essa contratação custa mais caro do que manter a Junta Médica da Prefeitura, que já conta com profissionais aprovados em concurso. Segundo ela, a contratação de médicos concursados custaria cerca de R$ 5 milhões por ano, quase a metade do valor pago ao Sesi.

Além disso, a investigação aponta que a Secretaria Municipal de Administração (Semad) enviou e-mails para dezenas de empresas sem nenhuma ligação com serviços médicos, como pizzarias, lojas de material elétrico e até organizadoras de festas. Muitas mensagens não chegaram ao destino, e apenas três empresas enviaram proposta. A do Sesi foi apresentada antes mesmo da abertura oficial do processo, o que levanta suspeita de que a escolha já estava feita.

Outro ponto levantado pela promotora é que o prefeito Sandro Mabel tem ligação direta com o Sesi. De janeiro de 2019 até junho de 2024, ele foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), que é a instituição à qual o Sesi é ligado. Ele só deixou o cargo para disputar a eleição para prefeito.

A própria equipe jurídica da Prefeitura havia alertado que o contrato não era adequado, já que o Sesi não tem como atividade principal a realização de perícias médicas legais, aquelas que determinam, por exemplo, se um servidor está apto ao trabalho.

Diante dessas irregularidades, o Ministério Público pede que o contrato seja anulado e que os médicos aprovados no concurso de 2020 sejam convocados para assumir a função de forma definitiva.

Em nota enviada ao jornal O HOJE, A Prefeitura de Goiânia informa que ainda não foi oficialmente comunicada sobre a ação do Ministério Público. Esclarece que todo o processo de contratação foi feito com base na lei e está devidamente documentado. Já o Sesi informou que não foi notificado da ação.

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