Edinho Silva assume o PT e projeta futuro “pós-Lula”
Novo presidente da legenda afirma que o partido deve se fortalecer para além da liderança de Lula
Durante cerimônia de posse como presidente nacional do PT, neste domingo (3), em Brasília, Edinho Silva defendeu que a legenda se prepare para a “era pós-Lula”, ressaltando que o presidente deixará as urnas após 2026. “Lula deixa um legado para o resto da nossa existência. Após 2026, por direito ao descanso e à vida pessoal, ele não estará mais nas eleições. Quero reafirmar que seu substituto não será um nome, será o Partido dos Trabalhadores”, afirmou.
Ao abordar o futuro da legenda, Edinho reforçou: “Se o PT estiver forte, o nome vamos construir. Até porque não nascerá outro Lula.”
Leia mais: Manifestação em Goiânia reúne apoiadores de Bolsonaro contra Lula e Moraes
Em tom mais enfático, o novo presidente da sigla também criticou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamando-o de “maior líder fascista do século 21”. Segundo ele, “se Trump diz ao mundo que não há urgência climática, a esquerda precisa dizer não a isso. Nós reconhecemos a urgência climática e a transição energética”.
A ministra das Relações Institucionais e ex-presidente do partido, Gleisi Hoffmann, também discursou e projetou otimismo para 2026: “Vamos subir a rampa do Planalto novamente com o presidente Lula.” Ela elogiou a retomada de políticas sociais e a saída do país do Mapa da Fome.
Ao tratar da pauta econômica, Gleisi criticou a concentração de renda e celebrou a isenção de imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos. Destacou ainda o projeto que amplia a faixa de isenção para até R$ 5 mil, com foco nos super-ricos. “Essa oneração vai cair em cima de 143 mil pessoas. Nós temos que taxar bancos, bilionários e as bets. Essa gente não pode continuar ganhando dinheiro e não contribuindo com a riqueza do Brasil”, pontuou.