Saiba quem são os 40 senadores que assinaram pelo impeachment de Moraes; Goiás está na lista
Regimento exige 41 assinaturas para que o processo seja admitido e avance ao plenário
Um grupo de 40 senadores declarou apoio à abertura de um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A lista foi divulgada pelo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), e circula nas redes sociais como parte de uma estratégia política da ala bolsonarista para pressionar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), responsável por dar andamento ou arquivar pedidos desse tipo.
Segundo o regimento do Senado, a admissibilidade de um pedido de impeachment de ministro do STF exige o apoio de, no mínimo, 41 senadores — maioria absoluta dos 81 parlamentares. Até o momento, segundo os articuladores da proposta, falta apenas uma assinatura para que a denúncia seja formalmente apresentada. Se aceita, o processo seguirá para julgamento em plenário, o que requer o apoio de dois terços dos senadores (54 votos) para resultar na cassação do cargo.
A mobilização é liderada por senadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles acusam Moraes de extrapolar suas competências constitucionais, especialmente na condução de inquéritos que investigam atos antidemocráticos, ataques ao sistema eleitoral e às instituições da República.
A lista de apoiadores é composta por senadores de diversas regiões e partidos. Entre os representantes de Goiás, estão Jorge Kajuru (PSB), Pedro Chaves (MDB) e Wilder Morais (PL) — todos alinhados, em maior ou menor grau, à pauta bolsonarista no Congresso.
Além deles, também apoiam a abertura do processo os seguintes parlamentares:
-
Alan Rick (União Brasil-AC)
-
Alessandro Vieira (MDB-SE)
-
Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
-
Carlos Portinho (PL-RJ)
-
Carlos Viana (Podemos-MG)
-
Cleitinho (Republicanos-MG)
-
Damares Alves (Republicanos-DF)
-
Dr. Hiran (Progressistas-RR)
-
Eduardo Girão (Novo-CE)
-
Eduardo Gomes (PL-TO)
-
Efraim Filho (União Brasil-PB)
-
Esperidião Amin (Progressistas-SC)
-
Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
-
Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
-
Ivete da Silveira (MDB-SC)
-
Izalci Lucas (PL-DF)
-
Jaime Bagattoli (PL-RO)
-
Jayme Campos (União Brasil-MT)
-
Jorge Seif (PL-SC)
-
Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS)
-
Lucas Barreto (PSD-AP)
-
Magno Malta (PL-ES)
-
Márcio Bittar (União Brasil-AC)
-
Marcos do Val (Podemos-ES)
-
Marcos Rogério (PL-RO)
-
Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
-
Margareth Buzetti (PSD-MT)
-
Nelsinho Trad (PSD-MS)
-
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
-
Plínio Valério (PSDB-AM)
-
Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO)
-
Rogério Marinho (PL-RN)
-
Sergio Moro (União Brasil-PR)
-
Styvenson Valentim (Podemos-RN)
-
Tereza Cristina (Progressistas-MS)
-
Wellington Fagundes (PL-MT)
-
Zequinha Marinho (Podemos-PA)
Apesar do movimento, a decisão final sobre a abertura ou não do processo cabe exclusivamente ao presidente do Senado. Até o momento, Davi Alcolumbre não se manifestou publicamente sobre a possibilidade de dar andamento ao pedido.
A imagem com os nomes e rostos dos parlamentares circula como peça publicitária entre apoiadores do ex-presidente. A expectativa entre os articuladores do impeachment é de que o número mínimo de assinaturas seja alcançado ainda nesta semana. Caso isso ocorra, o grupo deve protocolar formalmente o pedido junto à Mesa Diretora do Senado.
A pressão da ala bolsonarista faz parte de uma estratégia mais ampla de obstrução legislativa, que inclui resistência à votação de projetos de interesse do Executivo e críticas ao Judiciário.